"É verdade que andávamos fascinados com a pós-modernidade e com as consequentes novas possibilidades da tecnologia digital da informação e da comunicação, com a nanotecnologia, com a inteligência artificial…
Também é verdade que corremos nessa pista sem prestar a devida atenção ao mundo natural, sem cuidar da sustentabilidade; ou seja, nós, os seres humanos, fomos utilizando os bens e os recursos naturais, para suprir as nossas cada vez maiores necessidades atuais, sem nos preocuparmos verdadeiramente com o esgotamento daqueles, e sem providenciar o seu suprimento nas próximas gerações.
É verdade, ainda, que a História nos ensina que, só nos dois séculos mais próximos, os XIX e XX, outras pandemias aconteceram (uma em cada século), de forma instável e imprevisível, atacando sobretudo os mais fracos e vulneráveis ao nível mundial, que a resposta científica é naturalmente muito mais lenta do que os surtos, mas que as consequências demográficas e económicas são devastadoras e prolongadas no tempo.
É verdade que ainda estamos no meio (ou até, provavelmente, no princípio) de um processo no qual o seu fim não tem data marcada, não tem resolução encaminhada, não tem todas as consequências contempladas, logo não permite que lhe possamos desenhar um sucessor minimamente fiável.
Tudo isto é verdade; como o é que tudo vai voltar à normalidade, que alguns antes que muitos vão voltar a consumir demais, que o medo, o egoísmo, o populismo e a corrupção vão continuar a reinar, que a intensificação da atividade industrial vai fazer disparar as emissões, que as metas climáticas acordadas nas respetivas Cimeiras vão ser alvo de moratórias, que vai prevalecer a realpolitik em todo o mundo, que a febre dos benefícios inadiáveis do 5G se vai sobrepor aos sintomas da nova vaga do Covid-19.
É verdade: e como será a minha vida social depois da pandemia? Tentando evidenciar, em cada pensamento ou ação, públicos ou privados, que o último parágrafo de verdades que escrevi… era mentira!"
Via Diário as Beiras
Também é verdade que corremos nessa pista sem prestar a devida atenção ao mundo natural, sem cuidar da sustentabilidade; ou seja, nós, os seres humanos, fomos utilizando os bens e os recursos naturais, para suprir as nossas cada vez maiores necessidades atuais, sem nos preocuparmos verdadeiramente com o esgotamento daqueles, e sem providenciar o seu suprimento nas próximas gerações.
É verdade, ainda, que a História nos ensina que, só nos dois séculos mais próximos, os XIX e XX, outras pandemias aconteceram (uma em cada século), de forma instável e imprevisível, atacando sobretudo os mais fracos e vulneráveis ao nível mundial, que a resposta científica é naturalmente muito mais lenta do que os surtos, mas que as consequências demográficas e económicas são devastadoras e prolongadas no tempo.
É verdade que ainda estamos no meio (ou até, provavelmente, no princípio) de um processo no qual o seu fim não tem data marcada, não tem resolução encaminhada, não tem todas as consequências contempladas, logo não permite que lhe possamos desenhar um sucessor minimamente fiável.
Tudo isto é verdade; como o é que tudo vai voltar à normalidade, que alguns antes que muitos vão voltar a consumir demais, que o medo, o egoísmo, o populismo e a corrupção vão continuar a reinar, que a intensificação da atividade industrial vai fazer disparar as emissões, que as metas climáticas acordadas nas respetivas Cimeiras vão ser alvo de moratórias, que vai prevalecer a realpolitik em todo o mundo, que a febre dos benefícios inadiáveis do 5G se vai sobrepor aos sintomas da nova vaga do Covid-19.
É verdade: e como será a minha vida social depois da pandemia? Tentando evidenciar, em cada pensamento ou ação, públicos ou privados, que o último parágrafo de verdades que escrevi… era mentira!"
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