sábado, 21 de março de 2020

Da série, numa cidade de grandes manifestações culturais, a começar pelos grandiosos carnavais, é necessário alienar as pessoas com propaganda sobre "teatro municipal"? (5)

Teatro para o futuro

" Onosso concelho possuí uma cultura significativa no que toca às artes teatrais. O teatro amador continua a ser uma marca tradicional do nosso movimento associativo, sendo que continuam a existir vários grupos de teatro ativos, nas várias freguesias do concelho. Se faz sentido construir mais um teatro de média dimensão na cidade da Figueira da Foz, considero que não. As infraestruturas públicas, CAE e Auditório do Museu Municipal, têm bastante qualidade e dimensões variadas para receber todo o tipo de espetáculos e artes teatrais. No que toca à oferta privada/ associativa, o nosso concelho é sem dúvida exemplar no que toca a espaços para receber teatros e espetáculos culturais. Todas as freguesias têm uma ampla sala com palco, com condições para promover espetáculos de média dimensão, sendo assim desnecessário criar mais uma infraestrutura com este fim na cidade. Podemo-nos perguntar o que podemos fazer para levar mais figueirenses a momentos culturais no nosso concelho. É um verdadeiro desafio, num tempo em que no conforto da nossa casa podemos aceder a qualquer tipo de entretenimento. Sendo que raramente vislumbramos salas de espetáculos cheias. Na minha opinião a solução passa por criar uma cultura de visita ao teatro desde tenra idade. Criando ferramentas de incentivo à aquisição de bilhetes, por forma a criar o gosto de ir ao teatro aos mais jovens. E por conseguinte garantir que as salas não fiquem vazias nas próximas décadas. Considero que, em termos de infraestruturas públicas fechadas, aquela que é, na minha opinião, mais necessária seria um centro de congressos, com capacidade de receber encontros de grande dimensão na nossa cidade. A hotelaria já nós possuímos, agora só nos falta uma infraestrutura capaz de receber os maiores encontros nacionais, para colocar o nosso concelho na rota dos grandes palcos de decisão coletiva do país. Já o fomos no passado, agora, apenas nos falta a infraestrutura necessária para isso.
Via Diário as Beiras

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