Daniel Oliveira, via Expresso de 6 de Fevereirode 2020:
Hoje, no Jornal Económico pode ler-se: "alta tensão levou descida do IVA da eletricidade a sofrer apagão na votação OE.
António Costa e Mário Centeno tiveram vitória política graças a desavenças na oposição que travaram medida que teria impacto de 800 milhões de euros.
O Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) não ficará apenas para a história por projetar pela primeira vez um excedente orçamental. Ficará também nos registos como aquele em que o primeiro-ministro António Costa e o ministro das Finanças Mário Centeno saíram vitoriosos ao verem uma coligação negativa sobre o tema mais quente do debate na especialidade – a descida do IVA na eletricidade – desfazer-se no último minuto."
A política, que deveria servir para melhorar as condições de vida dos portugueses, transformou-se nisto: um jogo entre quem está no poder e na oposição.
Recordemos. O PS, no tempo do governo de Passos Coelho, levou ao parlamento uma proposta de lei, para reduzir o IVA da electricidade para a Taxa intermédia, 13%. Passados alguns anos, para o PS, agora no governo, essa medida legislativa proposta aquando na Oposição, já não serve.
Chamar-lhes aldrabões, mentirosos e pulhas, é pouco...
O PSD, esse então, coitado, parece um partido de atrasados mentais. O partido que aumentou o IVA para 23%, na discussão do OE para 2020, disse agora que queria baixá-lo para 6%.
Porém, na verdade não queria. Queria era fingir que queria, enganando meia dúzia de tolos. Quem é da minha idade e tem memória, não esqueceu o que se passou no tempo do PREC. Para tentar conquistar votos à esquerda, o então PPD/PSD ultrapassava, muitas vezes, o próprio PS de Mário Soares, nas reivindicações da classe trabalhadora.
Aqui na Figueira, lembram-se do número protagonizado por Santana Lopes nas oficinas da EMEF?
Chamar-lhes tolinhos, é pouco.
O CDS foi igual ao que sempre foi. Tal como o PCP, sente-se acossado. Estão à deriva. Chamar-lhes coitados, é pouco.
Nas próximas eleições, se correr como penso (e oxalá me engane), vamos ter o Chega com um TÁXI, e o CDS com uma vespa.
Aparentemente, o vencedor foi António Costa: mesmo sem geringonça, conseguiu ver aprovado o OE para 2020.
António Costa derrotou Rui Rio. Sem ter sabido aproveitar as insuficiências e as debilidades deste PSD de Rio, a meu ver Costa não passou uma imagem que consiga simpatias para além do seu partido. Não esquecer, também, que beneficiou do facto de ter um grupo parlamentar de deputados subservientes e disciplinados. Onde estiveram, por exemplo, os deputados do PS de Coimbra?
António Costa foi ontem o vencedor. Ganhou a votação.
Contudo, não chega um OE equilibrado, para ser um bom OE para os portugueses. Costa, ontem, como político e primeiro-ministro, teve uma prestação muito aquém do brilho e da pujança de tempos ainda recentes.
Hoje, no Jornal Económico pode ler-se: "alta tensão levou descida do IVA da eletricidade a sofrer apagão na votação OE.
António Costa e Mário Centeno tiveram vitória política graças a desavenças na oposição que travaram medida que teria impacto de 800 milhões de euros.
O Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) não ficará apenas para a história por projetar pela primeira vez um excedente orçamental. Ficará também nos registos como aquele em que o primeiro-ministro António Costa e o ministro das Finanças Mário Centeno saíram vitoriosos ao verem uma coligação negativa sobre o tema mais quente do debate na especialidade – a descida do IVA na eletricidade – desfazer-se no último minuto."
A política, que deveria servir para melhorar as condições de vida dos portugueses, transformou-se nisto: um jogo entre quem está no poder e na oposição.
Recordemos. O PS, no tempo do governo de Passos Coelho, levou ao parlamento uma proposta de lei, para reduzir o IVA da electricidade para a Taxa intermédia, 13%. Passados alguns anos, para o PS, agora no governo, essa medida legislativa proposta aquando na Oposição, já não serve.
Chamar-lhes aldrabões, mentirosos e pulhas, é pouco...
O PSD, esse então, coitado, parece um partido de atrasados mentais. O partido que aumentou o IVA para 23%, na discussão do OE para 2020, disse agora que queria baixá-lo para 6%.
Porém, na verdade não queria. Queria era fingir que queria, enganando meia dúzia de tolos. Quem é da minha idade e tem memória, não esqueceu o que se passou no tempo do PREC. Para tentar conquistar votos à esquerda, o então PPD/PSD ultrapassava, muitas vezes, o próprio PS de Mário Soares, nas reivindicações da classe trabalhadora.
Aqui na Figueira, lembram-se do número protagonizado por Santana Lopes nas oficinas da EMEF?
Chamar-lhes tolinhos, é pouco.
O CDS foi igual ao que sempre foi. Tal como o PCP, sente-se acossado. Estão à deriva. Chamar-lhes coitados, é pouco.
Nas próximas eleições, se correr como penso (e oxalá me engane), vamos ter o Chega com um TÁXI, e o CDS com uma vespa.
Aparentemente, o vencedor foi António Costa: mesmo sem geringonça, conseguiu ver aprovado o OE para 2020.
António Costa derrotou Rui Rio. Sem ter sabido aproveitar as insuficiências e as debilidades deste PSD de Rio, a meu ver Costa não passou uma imagem que consiga simpatias para além do seu partido. Não esquecer, também, que beneficiou do facto de ter um grupo parlamentar de deputados subservientes e disciplinados. Onde estiveram, por exemplo, os deputados do PS de Coimbra?
António Costa foi ontem o vencedor. Ganhou a votação.
Contudo, não chega um OE equilibrado, para ser um bom OE para os portugueses. Costa, ontem, como político e primeiro-ministro, teve uma prestação muito aquém do brilho e da pujança de tempos ainda recentes.
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