"A vida é filha da puta, a puta é filha da vida, nunca vi tanto filho da puta, na puta da minha vida!
Por mais, que queiramos lutar, por mais intensa, que seja a luta, nunca havemos de lá chegar, da cepa torta, não vamos passar, a vida é filha da puta!
Vende o corpo, para sobreviver, porque já não tem outra saída, mas o que vai a puta fazer, para aos filhos dar de comer, a puta é filha da vida!
Andam, por aí chorudos ordenados, mas o povo, é quem mais labuta e estamos sempre lixados, todos os dias somos roubados e nunca vi tanto filho da puta!
Esta vida, é uma miragem, a esperança está perdida, só se vê, é vil bandidagem, nunca vi tanta ladroagem, nesta puta da minha vida!"
Manuel Maria Barbosa du Bocage
"Uma das histórias judiciais que ficaram célebres, na primeira metade do século XX, teve a ver com a defesa de um arguido acusado de chamar "filho da puta" ao ofendido, dito que, na altura, era considerado altamente ofensivo.
Nas suas alegações, o escritor e advogado Ramada Curto começou por chamar a atenção do juiz para o facto de muitas vezes se utilizar esta expressão em termos elogiosos: «Grande filho da puta, és o melhor de todos!», ou carinhosos: «Dá cá um abraço, meu grande filho da puta!», tendo concluído da seguinte forma:
«E até aposto que, neste momento, V.Exa. está a pensar o seguinte: "Olhem lá do que este filho da puta não se havia de ter lembrado só para safar o seu cliente!"...»
Chegada a hora da sentença, o juiz vira-se para o réu e diz :
«O senhor está absolvido, mas bem pode agradecer ao filho da puta do seu advogado!»"
E, depois, segundo Alberto Pimenta, ainda temos "os pequenos filhos da puta"!..
Por mais, que queiramos lutar, por mais intensa, que seja a luta, nunca havemos de lá chegar, da cepa torta, não vamos passar, a vida é filha da puta!
Vende o corpo, para sobreviver, porque já não tem outra saída, mas o que vai a puta fazer, para aos filhos dar de comer, a puta é filha da vida!
Andam, por aí chorudos ordenados, mas o povo, é quem mais labuta e estamos sempre lixados, todos os dias somos roubados e nunca vi tanto filho da puta!
Esta vida, é uma miragem, a esperança está perdida, só se vê, é vil bandidagem, nunca vi tanta ladroagem, nesta puta da minha vida!"
Manuel Maria Barbosa du Bocage
"Uma das histórias judiciais que ficaram célebres, na primeira metade do século XX, teve a ver com a defesa de um arguido acusado de chamar "filho da puta" ao ofendido, dito que, na altura, era considerado altamente ofensivo.
Nas suas alegações, o escritor e advogado Ramada Curto começou por chamar a atenção do juiz para o facto de muitas vezes se utilizar esta expressão em termos elogiosos: «Grande filho da puta, és o melhor de todos!», ou carinhosos: «Dá cá um abraço, meu grande filho da puta!», tendo concluído da seguinte forma:
«E até aposto que, neste momento, V.Exa. está a pensar o seguinte: "Olhem lá do que este filho da puta não se havia de ter lembrado só para safar o seu cliente!"...»
Chegada a hora da sentença, o juiz vira-se para o réu e diz :
«O senhor está absolvido, mas bem pode agradecer ao filho da puta do seu advogado!»"
E, depois, segundo Alberto Pimenta, ainda temos "os pequenos filhos da puta"!..
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