Via Diário as Beiras
"Os jacintos acumulados no Mondego, na zona de
Montemor-o-Velho, estão a ser libertados, para serem arrastados, pela água, até
à foz. Por sua vez, a administração portuária colocou uma manga de retenção,
para minimizar a quantidade da erva aquática na marina. A primeira invasão de
jacintos-de-água deste ano, que bloqueou o porto de recreio, era proveniente do
Foja. A operação, que está a ser realizada em articulação com a Câmara da
Figueira da Foz, Agência Portuguesa do Ambiente, pescadores de lampreia e administração
portuária, prolonga-se até amanhã. O “maior número possível de jacintos” que
está a ser retirado chegará “em grande abundância” à foz do Mondego, adiantou
ontem aos jornalistas o presidente da autarquia, Carlos Monteiro. Com aquela
operação, Carlos Monteiro espera que os pescadores “possam continuar com a
apanha da lampreia”. Os jacintos, defendeu, “em vez de estarem constantemente a
descer o rio, foram libertados, o máximo possível, para a pesca ser feita com
mais normalidade”. Ao certo, ninguém sabe a quantidade daquele tipo de erva
aquática acumulada no Mondego e seus afluentes, entre Montemor-o-Velho e a
Figueira da Foz.
CIM prepara resposta à praga
Os jacintos são uma praga que
está a afectar as actividades económicas no rio e no estuário. O autarca
figueirense, contudo, espera que “este ano seja a última situação de crise como
está a acontecer”. Isto porque, indicou, a Comunidade Intermunicipal (CIM) da
Região de Coimbra lançou um concurso para reduzir o impacto das espécies
infestantes. A candidatura a fundos europeus, no valor de cerca de 600 mil
euros, destina-se a reduzir e controlar os jacintos e as acácias, e inclui a
compra de uma ceifeira anfíbia. O processo está a ser acompanhado pela
Universidade de Coimbra. “Depois, vamos perceber o destino a dar aos jacintos”,
concluiu Carlos Monteiro."
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