Há uns anos, por motivos profissionias, vivi alguns anos na freguesia mais a sul do concelho de Rior Maior: Arrouquelas.
Fiz lá um Amigo para a vida: o Sr. Zé. Depois do regresso à Aldeia, de vez em quando, ia visitá-lo e almoçava com ele.
A vida, porém, prega partidas.
Ontem, acompanhado do João Paulo Romão e do irmão, o Luis Romão, fomos a Arrouquelas, para surpreender o Senhor Zé e ir, mais uma vez, conviver um pouco e almoçar com ele.
O Senhor Zé era um antigo emigrante na Alemanha, que regressou a Portugal e ao torrão natal da esposa, após a reforma. Vivia sozinho, após a morte da mulher da sua vida. Há 15 dias deu uma queda em casa. Um vizinho ainda o levou ao hospital de Santarém. Entretanto, faleceu.
Ia fazer uma surpresa ao Sr. Zé, um grande Amigo que me acolheu e me ajudou a integrar em Arrouquelas, quando há uns anos atrás, por razões profissionais, vivi lá algum tempo.
Ia fazer uma surpresa ao Sr Zé. Mas, o surpreendido fui eu.
O passar dos anos tem este problema: acrescentamos mortes.
Basta, apenas, o passar dos segundos, dos minutos, dos dias, dos meses, dos anos. Numa palavra: o passar do tempo.
Finam-se os que já existiam antes de nós, partem amigos de surpresa e terminamos relações que acreditámos serem eternas. No lugar disto tudo, passa a existir um espaço feito de boas e más memórias, estilhaços e saudades de pessoas e de sítios onde nos sentimos bem. À medida que avançamos na idade, a nossa vida mais parece uma terra de fantasmas. Por um lado trágica e inquietante. Por outro lado, saudosamente bela.
O passar do tempo, entre outros tem este este problema: traz as más notícias, o encolher dos dias, as despedidas, a pesada recordação das memórias e do passado.
Ontem, ia fazer uma surpresa ao Sr Zé. O surpreendido fui eu. Descanse em paz meu Amigo. Jamais o esquecerei. Um dia destes vou fazer o que ontem não consegui: vou a Arrouquelas, não a sua casa buscá-lo para irmos almoçar, mas visitá-lo à sua última morada...
Até um dia destes Sr. Zé.
Fiz lá um Amigo para a vida: o Sr. Zé. Depois do regresso à Aldeia, de vez em quando, ia visitá-lo e almoçava com ele.
A vida, porém, prega partidas.
Ontem, acompanhado do João Paulo Romão e do irmão, o Luis Romão, fomos a Arrouquelas, para surpreender o Senhor Zé e ir, mais uma vez, conviver um pouco e almoçar com ele.
O Senhor Zé era um antigo emigrante na Alemanha, que regressou a Portugal e ao torrão natal da esposa, após a reforma. Vivia sozinho, após a morte da mulher da sua vida. Há 15 dias deu uma queda em casa. Um vizinho ainda o levou ao hospital de Santarém. Entretanto, faleceu.
Ia fazer uma surpresa ao Sr. Zé, um grande Amigo que me acolheu e me ajudou a integrar em Arrouquelas, quando há uns anos atrás, por razões profissionais, vivi lá algum tempo.
Ia fazer uma surpresa ao Sr Zé. Mas, o surpreendido fui eu.
A partir da esquerda: eu, o Sr. Zé e o João Paulo Romão. Ontem, o Sr. Zé pregou a partida e faltou... |
Basta, apenas, o passar dos segundos, dos minutos, dos dias, dos meses, dos anos. Numa palavra: o passar do tempo.
Finam-se os que já existiam antes de nós, partem amigos de surpresa e terminamos relações que acreditámos serem eternas. No lugar disto tudo, passa a existir um espaço feito de boas e más memórias, estilhaços e saudades de pessoas e de sítios onde nos sentimos bem. À medida que avançamos na idade, a nossa vida mais parece uma terra de fantasmas. Por um lado trágica e inquietante. Por outro lado, saudosamente bela.
O passar do tempo, entre outros tem este este problema: traz as más notícias, o encolher dos dias, as despedidas, a pesada recordação das memórias e do passado.
Ontem, ia fazer uma surpresa ao Sr Zé. O surpreendido fui eu. Descanse em paz meu Amigo. Jamais o esquecerei. Um dia destes vou fazer o que ontem não consegui: vou a Arrouquelas, não a sua casa buscá-lo para irmos almoçar, mas visitá-lo à sua última morada...
Até um dia destes Sr. Zé.
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