sexta-feira, 1 de novembro de 2019

A propósito do Freixo centenário: não notam qualquer coisa estranha no ar da Figueira?..

Ontem, dia de reunião de câmara, a título excepcional, meti folga e fui degustar, com Amigos, um belo bacalhau, ali para os lados da Tocha.
Por conseguinte, neste momento, ainda não sei nada do que se passou na sessão camarária, a não ser o que  li nesta postagem, assinada por IMC, que passo a citar:


REUNIÃO DA CMFF DE 31/10/2019


"Quanto ao freixo centenário o Presidente Monteiro disse que a CMFF não enviou resposta nem acusou a recepção do e-mail remetido pelo MPV - (onde foram sugeridas soluções para: a preservação da árvore, podendo ser consultado o Professor Jorge Paiva como nome reconhecido na área ; recuperação do muro de suporte do Páteo de Santo António ; requalificação do espaço envol
vente que contém património histórico e natural de importância relevante) - por considerar que o Movimento Parque Verde " perdeu a oportunidade" de participação na resolução do problema (Não Abater o Freixo) quando a autarquia solicitou que colaborassem, podendo este Movimento indicar empresas, ou alguém "credível" que sugerisse solução viável, no contexto de, eventualmente, a CMFF poder preservar o Freixo.
Digamos que o Sr Presidente e respectivo executivo socialista democraticamente eleitos, sabem pouco de democracia, negando sem fundamento aceitável uma resposta ao MPV e recusando a participação cívica de um grupo de cidadãos interessados. Alegadamente, a CMFF exige o impossível, tal como pedir um caderno de encargos ao MPV, como se o Movimento fosse uma empresa que trabalhe por ajuste directo para o Município , ou como se o MPV fosse um órgão de decisão camarária, em substituição de funções dos membros executivos que foram eleitos para resolver este e outros problemas da cidade e concelho.
O Sr Presidente, pessoa que tem mostrado pouca sensibilidade ambiental e pouca capacidade de escuta, acrescentou que, ainda que não seja decisão definitiva e conclusiva da equipa que gere o concelho, está a ponderar uma poda ao Freixo, repetindo que, se tiver que abater o Freixo (parecer do ICNF, suponho) este será mesmo cortado.
Depreende-se assim que a solução prevista pela CMFF é o abate da árvore centenária, é manter o desleixo no Páteo de Santo António, não valorizando o património cultural aí existente, é fazer mais obras na cidade (no Jardim no valor de 1200000 anulando uma rua importante ) ainda que se mostrem incapazes de terminar o que têm iniciado.
O objectivo desta não resposta ao MPV é mostrar quem manda, duma forma algo desprezível, numa sociedade que se deseja democrática.
Tem piada criticarem as novas forças políticas de direita no parlamento e agirem como déspotas e ditadores."


Numa democracia representativa, quem tem de exercer o poder é quem tem legitimidade eleitoral. Do meu ponto de vista, porém, quem tem o poder deveria agir na governação do concelho de harmonia com o programa e com as ideias com que se apresentou ao eleitorado.

Isso, contudo, não deveria ser impeditivo de ouvir a oposição e os movimentos cívicos, como é o caso do Parque Verde.
Neste caso concreto, na minha opinião, dizer que não foram sugeridas alternativas, não passa de um objectivo de quem está na política com artimanhas, valendo-se de engenhocas e artifícios, para colocar em prática o poder absoluto, embora querendo passar  a imagem que gosta da democracia e de dar atenção aos outros. No fundo, o que ele não quer é que o macem pois não está para dar ouvidos a ninguém.
Na Figueira, as pessoas têm de perceber, de uma vez por todas, que o que existe - e isso agravou-se de Abril do corrente ano para cá - é uma "democracia musculada" onde vereadores e deputados municipais eleitos pela oposição não passam de figuras decorativas.

Na Figueira, anda qualquer coisa estranha no ar.
Para já, quem se meter com este PS, leva.

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