terça-feira, 2 de julho de 2019

Porque é que se fizeram as obras em Buarcos? (2)

Via Diário as Beira. "Receios fundados!"
"Há um ano atrás nesta mesma coluna de opinião não opinei, apenas estranhei e receei o que se afigurava para Buarcos na então iniciada intervenção de regeneração urbana. Temia o retrocesso de um traçado oceânico moderno e de contiguidade da principal avenida da cidade, temia um estreitamento da via, inútil e prejudicial, e o sacrifício dum coberto vegetal consolidado há muito e que sombreava uma zona de jardim importante, usada e vivida pelos cidadãos.

Esperei para ver e finalmente opino. Não há qualquer coerência naquela intervenção, nem física nem funcional, e estética parece-me também duvidosa. O antigo jardim tornou-se numa imensa mancha desabrigada e inóspita replicando a aridez do areal da praia. O estrangulamento é total quer se chegue pela circular, pela rua Rancho das Cantarinhas ou pela avenida do Brasil.

Se a ideia era o estrangulamento do acesso está conseguido, mas não satisfeita troquei impressões com os comerciantes da zona, imaginava-os fartos de obras mas entusiasmados com o resultado final, também me enganei… queixam-se dos difíceis acessos que só “espantam os clientes” e que “não estávamos bem mas agora ficou pior”, os meus receios eram fundados! Se há intervenções justificadas já outras nem se percebe a sua razão de ser, nem a quem servem, nem o benefício que podem trazer para a cidade. Se a coerência desta intervenção é inexistente e a sua utilidade é nula, então só cumpre o propósito politico, aquele do “fez-se obra”!"

Nota OUTRA MARGEM: Porque continua muita coisa por responder e esclarecer, fica a pergunta: e agora?..

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