O jornalista Ruben de Carvalho, histórico dirigente comunista e organizador da "Festa do Avante!", morreu na madrugada desta terça-feira, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Tinha 74 anos.
Nascido em 1944, Ruben de Carvalho foi chefe de redacção da revista "Vida Mundial", redactor coordenador do jornal "O Século" e chefe de redacção do semanário "Avante!", tendo assumido ainda funções de director na rádio local "Telefonia de Lisboa".
Chefe de gabinete do ministro Francisco Pereira de Moura no primeiro Governo Provisório depois da revolução dos cravos, Ruben de Carvalho foi responsável pelo "Avante!", órgão central do PCP, de abril de 1974 a junho de 1995, tendo integrado o executivo da comissão organizadora da "Festa do Avante!" desde 1976.
Foi deputado à Assembleia da República eleito pelo distrito de Setúbal e vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
Ruben de Carvalho era o único membro no actual Comité Central do PCP que tinha estado preso nas cadeias da PIDE durante o Estado Novo.
É uma referência na direcção e entre os militantes comunistas, tendo assumido ao longo de décadas uma atitude crítica, mas sem nunca romper ou entrar em conflito com a linha oficial do PCP. Quando das dissidências partidárias do final dos anos oitenta, do início dos anos noventa e do início dos anos 2000, Ruben de Carvalho manteve-se sempre ao lado das posições do líder histórico do PCP, Álvaro Cunhal. Próximo de Carlos Carvalhas, secretário-geral entre 1994 e 2002, Ruben de Carvalho foi também próximo do actual secretário-geral, Jerónimo de Sousa.
Como dirigente comunista, foi um defensor de que o PCP fizesse o acordo com o PS, em Novembro de 2015, que permitiu a viabilização parlamentar do actual Governo de António Costa.
Jornalista desde os anos sessenta do século XX, Ruben de Carvalho especializou-se também em história do fado, tendo publicado um livro sobre o tema.
Assumia com clareza que o seu perfil não se adaptava ao necessário, já que se via como talhado para funções mais executivas. Daí ter aceitado ser candidato à Câmara de Lisboa nas eleições autárquicas intercalares na capital. Foi aí que conseguiu alguns consensos com o então eleito presidente da Câmara pelo PS, António Costa, que conhecia já bem na altura, até porque o actual primeiro-ministro é filho do escritor Orlando da Costa, que foi militante comunista.
Nos últimos anos, mantinha na RDP1 o programa “Radicais Livres”, onde debatia temas de actualidade e gerais com Jaime Nogueira Pinto.
O PCP acaba de emitir um comunicado, onde "lamenta profundamente o falecimento do camarada Ruben de Carvalho e apresenta as mais sentidas condolências à sua família, em especial à camarada Madalena Santos, sua companheira de vida e luta."
Nascido em 1944, Ruben de Carvalho foi chefe de redacção da revista "Vida Mundial", redactor coordenador do jornal "O Século" e chefe de redacção do semanário "Avante!", tendo assumido ainda funções de director na rádio local "Telefonia de Lisboa".
Chefe de gabinete do ministro Francisco Pereira de Moura no primeiro Governo Provisório depois da revolução dos cravos, Ruben de Carvalho foi responsável pelo "Avante!", órgão central do PCP, de abril de 1974 a junho de 1995, tendo integrado o executivo da comissão organizadora da "Festa do Avante!" desde 1976.
Foi deputado à Assembleia da República eleito pelo distrito de Setúbal e vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
Ruben de Carvalho era o único membro no actual Comité Central do PCP que tinha estado preso nas cadeias da PIDE durante o Estado Novo.
É uma referência na direcção e entre os militantes comunistas, tendo assumido ao longo de décadas uma atitude crítica, mas sem nunca romper ou entrar em conflito com a linha oficial do PCP. Quando das dissidências partidárias do final dos anos oitenta, do início dos anos noventa e do início dos anos 2000, Ruben de Carvalho manteve-se sempre ao lado das posições do líder histórico do PCP, Álvaro Cunhal. Próximo de Carlos Carvalhas, secretário-geral entre 1994 e 2002, Ruben de Carvalho foi também próximo do actual secretário-geral, Jerónimo de Sousa.
Como dirigente comunista, foi um defensor de que o PCP fizesse o acordo com o PS, em Novembro de 2015, que permitiu a viabilização parlamentar do actual Governo de António Costa.
Jornalista desde os anos sessenta do século XX, Ruben de Carvalho especializou-se também em história do fado, tendo publicado um livro sobre o tema.
Assumia com clareza que o seu perfil não se adaptava ao necessário, já que se via como talhado para funções mais executivas. Daí ter aceitado ser candidato à Câmara de Lisboa nas eleições autárquicas intercalares na capital. Foi aí que conseguiu alguns consensos com o então eleito presidente da Câmara pelo PS, António Costa, que conhecia já bem na altura, até porque o actual primeiro-ministro é filho do escritor Orlando da Costa, que foi militante comunista.
Nos últimos anos, mantinha na RDP1 o programa “Radicais Livres”, onde debatia temas de actualidade e gerais com Jaime Nogueira Pinto.
O PCP acaba de emitir um comunicado, onde "lamenta profundamente o falecimento do camarada Ruben de Carvalho e apresenta as mais sentidas condolências à sua família, em especial à camarada Madalena Santos, sua companheira de vida e luta."
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