Via jornal Diário as Beiras
"Fui convidado para dar quatro aulas na Universidade Sénior da Figueira da Foz. O desafio era novo para mim, como motivar pessoas com um longo percurso profissional a prestar atenção ao que eu tinha para dizer. A solução passou por aulas interativas, com recurso à visualização dos assuntos do ponto de vista global e local, debate e apropriação dos conceitos. Por exemplo, falámos da qualidade da água que bebemos, além dos desafios globais, debateu-se o tipo de análises que faz a empresa Águas da Figueira. Será fácil, através dos dados fornecidos, interpretar se a água é boa? Ou os parâmetros analisados são tão complexos e extensos que impedem ao consumidor final perceber se está mesmo a beber água de qualidade?Durante a aula concluiu-se que seria uma excelente ideia visitar a Estação de Tratamento de Água da Figueira, situada em Vila Verde. Isto para dissipar dúvidas e garantir que os alunos pudessem efectivamente apropriar-se do conhecimento, a qualidade da água, a sua origem, tratamento e vantagens do seu consumo relativamente à água engarrafada. Vantagens do ponto de vista ambiental, menos plástico e menor consumo de energia e mais controlo analítico. Após quatro aulas conclui que a Universidade Sénior é importante. Além de aproximar pessoas, permite que estas possam “arejar”, ventilando as suas experiências, confrontando-se até com alguns dos seus mitos. Quase no final de uma das aulas alguém confessou que “depois da meia-noite a água na Figueira sabe muito a cloro, e não se pode beber”, mito ou realidade?"
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