sexta-feira, 24 de maio de 2019

Se tudo correr bem, lá para os 120 anos vou publicar poesia... (2)

Quem é que não gostaria de ser um poeta reconhecido?
Camões, depois de morto, é. E tão querido!
A palavra leva a melhor sobre o bocejo.
Na poesia, até leva a melhor sobre o desejo.
Não se é o poeta por acidente,
é-se o poeta por se ser inteligente...
Há quem, desde miúdo, quer ser polícia, médico ou carpinteiro.
Ninguém, de certeza absoluta, 
quer ser poeta como quer ser engenheiro.
Ninguém quer ser poeta, como ninguém quer ser puta.
Poeta e puta, sem frustações,
são duas tristes profissões.
A poesia é uma existência, 
reconhece-se que existe se tem consistência.
A poesia é como uma mulher matreira,
integral, única, toda e inteira,
para quem a vida é a única carreira.

Querida,
viver é fixe.
Este poema vale bem um ano de vida,
o resto, que se lixe.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.