segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Por aqui, o futuro está traçado: vamos continuar a "ver passar os aviões"...

"Vinte anos perdidos", uma crónica de Daniel Santos publicada no DIÁRIO AS BEIRAS.


"A tentativa de atribuir aos municípios competências para cuja materialização não se encontram instrumentalmente preparados,  pode deixar de lado interesses intermunicipais ou supramunicipais e promete riscos de promiscuidade regional. A chamada “solução Relvas”, a partir da qual foram criadas as Comunidades Intermunicipais e as Áreas Metropolitanas, apenas beneficiou estas.
As Comunidades Intermunicipais são apenas locais onde os respetivos Presidentes de Câmara se juntam para tratar de assuntos dos seus concelhos, deixando sem suporte os projetos verdadeiramente regionais.

Por cá parece que nada acontece, ou seja, acontecem grandes promessas como o já falecido Aeroporto Inter-nacional de Coimbra ou a continuada expetativa de que o Metro Mondego entre finalmente nos carris, com um projeto verdadeiramente regional, dirigindo-se progressivamente para região e que sirva não apenas Coimbra, Lousã e Miranda. Recorde-se que enquanto o presidente da Câmara de Coimbra, também presidente da ANMP, defendia até há pouco o tal aeroporto em Coimbra (já tem um estudo que o alivia, ufa!..), o presidente da Câmara da Figueira, também presidente da CIM, estava do lado do Aeroporto de Monte Real! Tudo isto sem estudos profundos, sem números, sem suporte, apenas por demagogia política. E sem legitimidade territorial. O que dizem os outros municípios?


A Figueira da Foz perdeu cerca de 3% da população entre 2011 e 2015 e, dizem os estudos do PDM, arrisca-se a reduzir até 2030 a sua população aos números de 1950!"

Para ler, na totalidade, esta crónica de opinião clicar aqui.

3 comentários:

  1. Tenho alguma consideração pelo Sr. Engº Daniel, apesar de não termos nenhum vinculo e nunca termos sido apresentados, mas este(a) texto/opinião tem algum branqueamento, pois quem começou a "brincar" aos aeroportos foi um governo local do qual este Senhor fazia parte, até com responsabilidades acrescidas pelo cargo que ocupava.
    PS:
    Apesar de estar +/- de acordo com o artigo, a verba gasta nos estudos (e terraplanagens) do Aeroporto das Acácias justificava perfeitamente ter sido feito referencia ao mesmo.

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  2. Olhe que não, olhe que não Sr. Lérias! A brincadeira dos aviões começou muito antes e até tinha TGV junto ao terminal…
    Basta consultar o PDM de 1994 e dar uma vista de olhos no ortofotomapa (google maps)a sul da Zona Industrial da Gala que ainda lá tem marcada “a pista”, cujo movimento de terras foi iniciado pelos militares.
    Podemos falar sobre ao assunto. Esteja à vontade, utilize o 918 196 618 ou daniel@danielmsantos.pt. Fico ao dispor.
    Um abraço.
    Daniel Santos

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  3. Eng Daniel, graças a Deus não sou político, leio com muita atenção as suas crônicas e nesta fiquei com a sensação que descrevi, o que me levou a comentar.
    Ficamos/fiquei sabendo que o desbaste e terraplanagem foi executada pela engenharia militar, ainda bem que assim foi. Mas o estudo foi encomendado e apresentado no mandato que referi, por acaso assisti à reunião de Camara onde foi destaque essa apresentação.
    Aceite as minhas saudações com simpatia e um pedido de desculpa por algum desconforto que o meu comentário (impreciso) lhe possa ter trazido. Abraço

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