"Se falasse, teria muitas histórias para contar, de amores, desamores, tertúlias, conspirações, festas e romarias. O freixo com mais de 300 anos, que existe no Largo Silva Soares (antigo Pátio de Santo António), foi literalmente “rasgado” a meio pela tempestade de 13 de Outubro, mas a parte de ficou de pé, não morreu. A seiva continua a alimentar a parte que restou do enorme tronco e os dois grossos ramos estão já carregados de rebentos. Durante anos, a frondosa árvore foi “ponto de encontro” de namorados e, acima de tudo, seniores, que, vivendo em frente, no lar da Misericórdia-Obra da Figueira, aí passavam as tardes em amena cavaqueira, ou num jogo de cartas. Nas famosas festas de Santo António, era debaixo da sua sombra que as jornadas gastronómicas decorriam, juntando as mais altas entidades locais. Serviu para visitas de estudo, para colocação de placas, até para “arremesso político” e ela e o seu largo a tudo foram resistindo."
Via Diário de Coimbra
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