domingo, 6 de janeiro de 2019

Os novos velhos

Depois da idade mais longa, a idade da ilusão, altura da vida em que a ideia de felicidade, para alguns chega a ser  obsessiva, chega-se  à idade mais lixada, por ser a última.
Todavia, isto está a mudar. O que é que se pode esperar de uma sociedade  cujas manifestações de revolta, irreverência e desafio aos poderzinhos são  protagonizadas maioritariamente pela terceira idade?
Pouco. Contudo,  a verdade é que os idosos de hoje já não são como antigamente.
Alguns mais parecem uns autênticos alucinados. Andam por aí como se não houvesse amanhã. E para muitos provavelmente não haverá.
Podemos vê-los por todo o lado. Inclusivamente, em  posters publicitários a promover descaradamente uma vida sexual capaz de fazer inveja a qualquer jovem com cio.
Antes, no tempo da decência, se os víamos acompanhados por miúdas de 20 anos era porque tinham ido esperar a neta à Faculdade.
Antes, quando apareciam na televisão era porque tinham chegado aos 100 anos e a família queria aparecer no telejornal.
Agora, pia fino: até se candidatam a presidentes de tudo e mais alguma coisa, inclusivamente a presidentes da República.

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