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Recorde-se: Nuno Osório, que acumulava as funções de comandante operacional da Proteção Civil Municipal, demitiu-se na sequência das críticas de que foi alvo por ter recolhido ao seu domicílio nas primeiras horas de operações daquela estrutura após a passagem da tempestade.
A zona mais afetada pela tempestade Leslie, a Figueira da Foz, esteve cerca de três horas sem comandante dos bombeiros e coordenador da Proteção Civil municipal, que se foi embora, e nem sequer houve reunião preparativa de eventuais estragos, no sábado.
Ontem, na Assembleia Municipal, a bancado do PSD não poupou críticas a Ataíde, acusando-o, sobretudo, pela falta de medidas de prevenção e pelo desinvestimento nos meios da Proteção Civil. João Ataíde enfrentou o mais forte ataque político como presidente da Câmara da Figueira da Foz. Em sua defesa, alegou ser “desproporcionado, oportunista e sem sentido o pedido de demissão”. Disse mesmo: “não tem qualquer tipo de justificação”. Depois, o autarca afirmou que foram tomadas medidas consentâneas com a cadência dos alertas que iam chegando e que a resposta do dispositivo da Proteção Civil após a passagem da Leslie foi imediata e que todos os pedidos de socorro foram atendidos. “A cidade ficou praticamente inacessível” pela destruição causada pela “tempestade absolutamente devastadora”, frisou João Ataíde. No entanto, acrescentou, todas as acessibilidades foram rapidamente repostas.
Por isso, por a situação estar tão controloda e tudo tão calmo, é que o Dr. João Ataíde achou por bem recolher ao lar para descansar. Exemplo que foi seguido pelo então comandante dos Bombeiros Municipais e Coordenador da Proteção Civil da Figueira da Foz. Com o cenário traçado ontem em plena Assembleia Municipal pelo Dr. Ataíde, fiquei com uma dúvida: porque é que se demitiu o Comandante Osório se correu tudo tão bem, na perspectiva do presidente Ataíde, na noite da tempestade Leslie?
Ontem, também tive a grata oportunidade de ouvir o presidente da câmara garantir que a autarquia tem investido na Proteção Civil municipal. “Temos, em termos de socorro e resgate imediato, uma capacidade de reposta muito acima da generalidade dos municípios. A nossa tendência é a de estarmos ao nível das melhores políticas” de Proteção Civil, sublinhou o autarca.
Para quem gosta de ir às sessões da Assembleia Municipal, ontem foi brindado com uma surpresa: entrou em funcionamento um contador digital do tempo que cada bancada dispõe para intervir, proporcional ao número de votos obtidos nas últimas eleições locais.
Manuel Rascão Marques chamou-lhe “a ditadura socialista do tempo” para “fazer calar” o PSD.
A medida foi justificada pela maioria socialista com a aplicação do regimento daquele órgão autárquico.
"O meu Comité Central, é mais democrático que esta Assembleia", disse ontem Nelson Fernandes (CDU) em resposta a uma insinuação de João Portugal (PS).
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