Formalmente, estamos em democracia.
Todos os elementos para que a democracia funcione existem.
Mas, no dia a dia, será que é mesmo assim?
Nós próprios, ao longo dos anos, permitimos que fossem criadas as condições para que a classe política local, não se sinta constantemente comprometida pelo nosso pedido de contas e responsabilidades na gestão do concelho.
Não podemos esquecer, porém, que fomos nós que os elegemos.
Eles, os eleitos, são os nossos representantes.
Eles, os eleitos não mandam em nós, nem são os nossos chefes.
Eles, os eleitos, não são os nossos senhores.
Esse tipo de governação local acabou há muito.
Neste dia 5 de Outubro de 2018, fica uma exigência democrática: a administração autárquica tem de primar pelos princípios exemplares da competência, da transparência, da decência.
A Figueira não pode ser uma cidade de negócios mirabolantes ou de iniciativas megalómanas. Tem de haver um conceito, tem que haver uma escala de valores: a Figueira tem de ser uma cidade de emprego, uma cidade onde o trabalho tem valor e tem de ser valorizado.
A Figueira não pode ser uma segunda Coimbra, a capital de distrito que tudo quer centralizar.
Querer fazer da Figueira uma segunda Coimbra, tem como consequência, tornar a Figueira numa Coimbra de segunda.
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