terça-feira, 4 de setembro de 2018

As "impurezas" do sistema e a “descarbonização”...

Esta não precisou de cruz. A falta de cuidado e de rega resolveu o problema.
"Nem sempre percebemos o alcance de determinados “jargões ou chavões” que se assimilam e se embrenham na linguagem política, que são utilizados por e tecnocratas decisores, servindo como argumento a opções e escolhas realizadas. Banalizam-se os conceitos, com decisões erradas por conta.
Hoje falo então de “descarbonização”. Esta palavra surge no panorama mundial como a necessidade de se reduzirem as emissões de dióxido de carbono, o CO2, defendendo a transição para uma economia mundial com baixo teor de carbono, sobretudo nos territórios com alta densidade populacional e condições climáticas e geográficas complexas.
Não estará a Figueira assim tão exposta certamente. Mas as obras de regeneração urbana visam promover a descarbonização da cidade e o apoio da União assim o exige. Ora cortar árvores não é grande ideia…mas suprir as fortes debilidades da Figueira em transportes urbanos, sem transportes públicos integrados e articulados, esse sim seria o objectivo com que se poderia promover a descarbonização almejada!
A maior incongruência destas obras e a “descarbonização” é ignorarem a necessidade de investimento num sistema de mobilidade urbano articulado e intermodal, sem o qual nenhum efeito de descarbonização se produzirá no longo prazo. Pois já diz o povo que não se deve confundir a estrada da Beira com a beira da estrada!"


 “A estrada da Beira e a beira da estrada”, uma crónica de Isabel Maranha Cardoso. Via AS BEIRAS.

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