domingo, 5 de agosto de 2018

Mãos...

Estas mãos não são jovens..
São mãos velhas e delicadamente rudes.
As mãos velhas e rudes, delicadamente ou não, são, apenas, uma consequência e um meio para que a beleza idealizada interiormente possa ser transportada para os olhares dos outros.
São mãos delicadamente rudes, estas de uma personagem que eu conheço bem...
Falta aqui o quê?
O óbvio: outro par de mãos.
Na ternura do encontro, dão-se as mãos como um princípio do corpo!
É tocar o outro tornando-nos um.
É sentir a entrega. É a partilha sublime.
Pode ser, também, uma fome de pele, um desejo anunciado, uma ternura que se exibe.
Pode ser, ainda, um sorriso mostrado através das mãos.
Um amparo possível.
Ou, apenas, um ténue assomo de felicidade...

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