Vídeo sacado daqui
"Se este livro não der polémica é porque a cidade morreu"- Fernando Cardoso
Recordo parte de uma postagem, "Joaquim de Sousa, um ex-edil figueirense ao raio x", publicada no OUTRA MARGEM, em 8 de outubro de 2016.
"...era assim a Figueira e o concelho há 35 anos. Joaquim de Sousa, então um político profissional, passados 6 anos depois do 25 de Abril de 1974, depois de 5 anos como deputado e membro do governo, sentia "uma profunda desilusão e um desencanto enorme". Segundo o que ele, na altura, confidenciou numa entrevista que deu, em Maio de 1981, ao Director do Barca Nova, o falecido jornalista José Martins, "conhecer o poder por dentro não é agradável". "Sabes?", desabafou a determinado ponto da conversa com o Zé Martins, "não tenho feitio para prostituta, nem mesmo por obrigação. O poder não é tão poder como as pessoas pensam".
O que Joaquim de Sousa, naquela altura, estava a gostar era de ser presidente de câmara: "agora sim, apesar das muitas vicissitudes por aqui e por além, sinto que o cargo que ocupo na Câmara me está a proporcionar dos momentos mais felizes da minha vida".
Durou foi pouco como presidente de câmara: fez apenas um mandato, que decorreu de 1979 a 1982...
O que valeu ao doutor Joaquim de Sousa, é que gostava de ser professor, que era a sua profissão..."
Voltando a Agosto de 2018, passo a citar, via AS BEIRAS, "O repto!", uma crónica de Isabel Maranha Cardoso, economista.
"Foi a 31 de Julho apresentado o livro “Figueira da Foz – Memória de um Mandato e os Anos Perdidos”, mais um livro de Joaquim Barros de Sousa que enriquece o património bibliográfico figueirense e a história da cidade. Não pude estar presente, tive pena… Mas, chegando-me às mãos, de imediato me pus a lê-lo. Trata a narrativa do mandato autárquico a que presidiu entre 79 e 82. De escrita simples, clara e com uma objetividade quase matemática, fazemos uma viagem por 3 anos cruciais da história do desenvolvimento da Figueira, explicando-nos a estratégia subjacente às opções políticas adoptadas, fazendo ainda em todos os capítulos uma análise comparada com a situação presente (incómoda para alguns, certamente!). A sua leitura é uma viagem guiada pelos diversos departamentos da acção autárquica e pelos dossiers da cidade, muitos deles hoje ainda “em aberto” e sem resolução- apesar das panaceias que se vão aplicando! Da sua leitura resulta ainda a constatação das oportunidades perdidas e da imperiosa necessidade de os decisores políticos locais não poderem ignorar a história e o sentido do caminho já percorrido para podem raciocinar o futuro. Este livro torna-se, assim, num documento de leitura obrigatória para futuros decisores políticos locais. Alguém muito próximo contou-me o que havia dito na sua apresentação “se este livro não suscitar polémica, então a Figueira está morta”.
Aceite-se o repto, mostremos que a Figueira está viva!"
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