"Avaliar impõe-se", uma crónica de Isabel Maranha Cardoso.
"Tenho alguma dificuldade em admitir que eventos da moda, como é o caso do Sunset, sejam muito relevantes para a cidade enquanto potencial de atração de gentes e visitantes, e, tenho também dificuldade em admitir que os mesmos devam ser realizados a expensas públicas. Quer pelo público-alvo que alcança, quer pelos custos que traz à cidade a sua realização (manutenção de infraestruturas, salubridade e limpeza urbana, vandalização de espaços público, etc), instala-se-me a dúvida a cada edição! As empresas organizadoras “vendem” o evento a troco da promoção local aos Municípios. Exigem porém contrapartidas de organização, de logística, de disponibilização de meios que são verdadeiros cadernos de encargos, que obrigam a uma afectação de recursos municipais elevados e sobre os quais me assalta a dúvida se os impostos dos munícipes se devem aplicar a este propósito. Tenho dúvidas no que perceciono, mas julgo que o “produto sunset” como se diz “em bom marketing territorial” está consolidado, permitindo fazer uma avaliação séria do seu impacto para a cidade. Ao fim de 7anos (se não me engano!), qual o retorno do evento? O que deu, e dá à cidade face ao investimento público local? Qual o incremento na economia privada? Qual o nível de alavancagem do comércio em geral, do alojamento e da alimentação em especial? Enfim avaliar impõe-se, para calar as vozes desalinhadas que, tal como eu, dali não veem a relevância justificativa."
Via jornal AS BEIRAS
Nota de rodapé.
Na Figueira, a crise continua a revelar-se das mais diversas formas e maneiras.
Isto a propósito do comportamento político dos nossos autarcas.
Continuam ufanos e contentes a apostarem em mulas erradas...
É sempre carnaval... Ninguém leva a mal...
"Tenho alguma dificuldade em admitir que eventos da moda, como é o caso do Sunset, sejam muito relevantes para a cidade enquanto potencial de atração de gentes e visitantes, e, tenho também dificuldade em admitir que os mesmos devam ser realizados a expensas públicas. Quer pelo público-alvo que alcança, quer pelos custos que traz à cidade a sua realização (manutenção de infraestruturas, salubridade e limpeza urbana, vandalização de espaços público, etc), instala-se-me a dúvida a cada edição! As empresas organizadoras “vendem” o evento a troco da promoção local aos Municípios. Exigem porém contrapartidas de organização, de logística, de disponibilização de meios que são verdadeiros cadernos de encargos, que obrigam a uma afectação de recursos municipais elevados e sobre os quais me assalta a dúvida se os impostos dos munícipes se devem aplicar a este propósito. Tenho dúvidas no que perceciono, mas julgo que o “produto sunset” como se diz “em bom marketing territorial” está consolidado, permitindo fazer uma avaliação séria do seu impacto para a cidade. Ao fim de 7anos (se não me engano!), qual o retorno do evento? O que deu, e dá à cidade face ao investimento público local? Qual o incremento na economia privada? Qual o nível de alavancagem do comércio em geral, do alojamento e da alimentação em especial? Enfim avaliar impõe-se, para calar as vozes desalinhadas que, tal como eu, dali não veem a relevância justificativa."
Via jornal AS BEIRAS
Nota de rodapé.
Na Figueira, a crise continua a revelar-se das mais diversas formas e maneiras.
Isto a propósito do comportamento político dos nossos autarcas.
Continuam ufanos e contentes a apostarem em mulas erradas...
É sempre carnaval... Ninguém leva a mal...
E qual o esforço e empenho da Câmara em cativar os visitantes e divulgar o que de bom a cidade tem? (Para que tenham vontade de visitar noutras alturas também.) Porque não apostaram num stand à entrada do evento e oferecerem brindes promocionais da Fig.Foz? Sabem que nestes eventos os miúdos andam em "bando" com acessórios que os identifiquem como grupo em determinado spot e divulgam nas redes sociais, porque não oferecem chapéus ou leques ou algo do género e dão as boas vindas com um sorriso de meninas bonitas como se faz em qualquer evento desportivo ou cultural noutras cidades? No ano passado era vê-los a todos com lenços vermelhos nos punhos a dizer Super Bock e quem não tinha um lenço desses era "um ovo podre". Podiam fazer tanto mais, mas as pessoas só vêem o lado negativo. Daqui a nada perdem este evento como já perderam tantos outros...depois queixem-se, ou melhor, continuem a queixar-se...
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