sexta-feira, 27 de abril de 2018

O caso do Posto Médico da Marinha das Ondas...

Foto de António Agostinho
Recorde-se: em 28 de Abril de 2016, uma quinta-feira, na Marinha das Ondas, os sinos tocaram a rebate, a população juntou-se junto ao posto de saúde e as palavras de ordem eram “queremos o nosso posto de saúde”
Os receios dos marinhenses tinham a ver com o pedido de mudança de um médico para Lavos e a possível transição dos utentes, apesar do director executivo do ACES Baixo Mondego, António Morais, ter garantido, na segunda-feira anterior de que o médico iria ser «substituído no mesmo dia», por uma outra profissional. Todavia, a população diz que foi «coagida» pela funcionária do posto, a assinar um documento, a dizer que queriam permanecer no posto de saúde da Marinha das Ondas. E que «quem não se manifestasse, seria automaticamente transferido», explicou Manuel Caiano, da Junta de Freguesia, adiantando que «há muita gente que só vem de vez em quando ao médico e quando derem conta, já estão em Lavos»."


Em 2018, no dia 19 de Março, praticamente dois anos passados, na segunda reuniãoRicardo Silva, vereador PSD,  deixou a ideia que “talvez a falta de motivação” e “inoperância” do presidente da Junta da Marinha das Ondas, Manuel Rodrigues Nada (PS), em relação à defesa do posto médico daquela freguesia “se deva ao facto do Município da Figueira da Foz ter procedido à contratação da sua filha”
O argumento do autarca da oposição caiu mal no executivo camarário socialista, que saiu em defesa de Rodrigues Nada. “Esta insinuação é torpe. Isto não tem pés nem cabeça. Esta é uma insinuação grave”, argumentou o presidente da câmara, João Ataíde. O vice-presidente da autarquia, Carlos Monteiro, por seu lado, afiançou que “o ataque não foi ao presidente da Marinha das Ondas, foi ao júri”
Por sua vez, Rodrigues Nada,  em declarações ao jornal AS BEIRAS, disse que “Ricardo Silva não percebe nada disto, anda completamente à nora e à procura de protagonismo político”.
Esta, porém, não foi a primeira vez que os socialdemocratas, que neste caso sabem do que falam, se pronunciaram sobre contratações de familiares de autarcas socialistas. 
Anteriormente, numa sessão da Assembleia Municipal, Tiago Cadima aludiu à contratação da filha do presidente daquele órgão autárquico, José Duarte, para secretariar a vereação da maioria, e do sobrinho de João Ataíde, um arquicteto que saíu da Universidade especializado no património edificado do Cabo Mondego...

Hoje, via AS BEIRAS (EDIÇÃO, 27.4.2018), li o seguinte.
Registe-se: esta solução não estava prevista nas 100 medidas com que o então candidato João Ataíde se apresentou ao eleitorado em outubro passado...
Moral desta estória, se esta estória, porventura, tivesse moral...
Quem luta contra a corrente, nem sempre morre electrocutado!

Sem comentários:

Enviar um comentário

Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.