com tanta areia por cá
à espera que o bai passe
a leve para o lado de lá"
Finalmente?..
Sejamos figueirenses de fé: pode ignorar-se o óbvio, mas apenas enquanto o peso da evidência não esmaga a ignorância.
"A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) vai fazer um estudo sobre os custos e benefícios da instalação de um sistema mecânico de transposição de areias na barra da Figueira da Foz, anunciou ontem o presidente da Câmara.
Intervindo na reunião da autarquia, João Ataíde (PS) disse que a APA incluiu no seu orçamento para 2018 o financiamento para estudar o sistema de 'bypass' de areias entre as margens norte e sul do rio Mondego, junto à foz, "e vão começar procedimentos para abertura do estudo".Do lado da oposição PSD, o vereador Carlos Tenreiro congratulou-se com o anúncio feito pelo presidente da Câmara sobre o estudo do 'bypass', lembrando que o partido tem defendido que ele seja feito "com a maior brevidade possível" e questionou quando será realizado.
"Diz que vai avançar, mas nunca ficámos com uma data, um prazo e o que podia ser uma boa notícia deixa de o ser, porque ficamos sem saber quando o estudo se inicia", argumentou Carlos Tenreiro.
Tenreiro lembrou ainda que o estudo sobre a eventual implementação de um sistema de 'bypass' de areias na Figueira da Foz foi alvo de um projecto de resolução aprovado na Assembleia da República (AR), que o recomendava ao Governo.
"Era para ser feito em 2017 e não aconteceu", frisou o vereador.
A implementação de um sistema de mecânico de transposição de sedimentos ('bypass') na barra da Figueira da Foz através de uma tubagem por debaixo do leito do rio - que permita levar a areia que acaba depositada a norte, naquele que é considerado o maior areal urbano da Europa, para as praias a sul, afetadas pela erosão costeira - é uma proposta defendida há cerca de oito anos pelo movimento de cidadãos SOS Cabedelo, cuja defesa acabou por resultar na recomendação aprovada pela AR.
"É uma notícia que aguardamos desde 2011, congratulamo-nos com o nosso contributo para a viabilidade do 'bypass'. Iremos acompanhar de perto este processo até à sua implementação, porque sabemos que o empenho da cidadania faz toda a diferença", disse à agência Lusa Miguel Figueira, do movimento SOS Cabedelo.
Na reunião camarária de ontem João Ataíde anunciou ainda uma candidatura a fundos comunitários para a transposição de três milhões de metros cúbicos de areia na barra da Figueira da Foz para deposição nas praias a sul através de dragagens móveis, um investimento de nove milhões de euros, (financiado por dinheiros europeus a 85% e com a componente nacional a ser assumida em colaboração entre a Câmara Municipal e a Agência Portuguesa do Ambiente)."
Via Notícias de Coimbra
Despacito...
ResponderEliminarPor lá, desde o estudo ao início de operação, terão sido cerca de 6 anos, sendo certo que a construção em si demorou uns meros 14 meses ( aquela parte norte do molhe norte é mais agressiva que o tweed river ). 23,3 milhões de AUD foi o custo total. Por comparação, de 1995 a 2001, foram feitas dragagens no total de 3.6 milhões de metros cúbicos, com um custo de 17 milhões. Custo/benefício dragagens versus bypass, está à vista, não?
Desde 2001, houve dragagens pontuais ( segundo percebo, cerca de 22.000 metros cúbicos em 13 anos ), apenas para assegurar que a pequena porção que cruza a embocadura, não cria barras, dificultando a entrada e saída de embarcações.
Finalmente, a deriva de inertes lá, é cerca de metade do que acontece cá, e desde 2001 já bombearam mais de 10 milhões de metros cubicos de areia através do bypass.
Por cá, pelo menos já aumentaram o volume de dragagens futuras para 3 milhões de metros cúbicos. Alguém lhes deve ter mostrado o estudo de 1998, e feito perceber o que estavam a afirmar.
Aguardemos, serenos.