Imagem via AS BEIRAS |
Exemplo disso é o edifício "O Trabalho".
Isto é a demonstração do que tem sido o poder político na Figueira, nas últimas 4 dezenas de anos: fraco com os fortes e forte com os fracos.
A questão, para os figueirenses é esta. Passo a citar o ex-vereador António Tavares, numa crónica publicada no jornal AS BEIRAS, na terça-feira, 11 de março de 2014.
"... não conseguimos perceber como pode a Açoreana, empresa proprietária do chamado edifício "O Trabalho", fazer perpetuar e permitir a degradação constante do mamarracho que todos conhecemos, para mais situando-se numa zona nobre da cidade e de grande fluxo de turistas e locais..."
Na edição de hoje do jornal AS BEIRAS, Daniel Santos, ex-vereador da Câmara da Figueira da Foz, engenheiro civil, avaliador de imóveis e especialista em urbanismo e ordenamento do território, lembra que “havia muitos interessados na compra de lojas e apartamentos”, quando o edifício foi construído, em finais da década de 80 violando o plano orientador Alberto Pessoa (não vinculativo) e o Regulamento Geral das Edifi cações Urbanas (com efiácia legal), no que à cércea diz respeito.
Recordou ainda Daniel Santos que “as iniciativas para ser encontrada uma solução começaram a ser tomadas ainda no mandato de Santana Lopes (1997 - 2001). Já na altura estava em degradação. Entretanto, nada aconteceu”.
Nos dois mandatos seguintes, com Duarte Silva na presidência da câmara, o Edifício O Trabalho também entrou na agenda, mas, mais uma vez, sem resultados.
Daniel Santos realçou o papel mais proativo dos executivos do actual presidente, João Ataíde, por enquanto, sem resultados visíveis.
O autarca da Figueira da Foz quer resolver as coisas a bem, mas isso não o impediu de pedir um parecer para a eventualidade de ter de acionar o plano B. Isto é, a expropriação do edifício, tendo a seu dispor três modalidades: declaração da ruína económica, ruína física e ruína urbanística do imóvel.
Segundo os resultados do estudo, de harmonia com o jornal AS BEIRAS, a autarquia podia acionar a primeira opção. No entanto, há, entre os jurisconsultos, quem defenda que só quando as três vias estiverem reunidas é que surtem efeito.
Outros, porém, sustentam que basta provar a existência de uma delas.
O edifício o Trabalho, é o exemplo, mais do que acabado, do que resulta das megalomanias dos autarcas figueirenses de ontem, de hoje e, presumivelmente de amanhã.
“Na minha opinião, aquele edifício nunca devia ter sido construído. Não se trata apenas de um problemas estético, que retirou harmonia, trata-se de uma questão funcional, porque criou problemas de insolação, por causa do ensombramento que ele projeta nos outros edifício”, sustenta hoje nas BEIRAS Daniel Santos. O especialista apontou, por outro lado, os problemas de funcionalidade, com o aumento do tráfego automóvel e a falta de estacionamento na zona, que “não tem capacidade para suportar a carga decorrente da ocupação do edifício”. Concluindo, defendeu: “a construção daquele imóvel contribuiu para retirar entidade ao Bairro Novo".
Entretanto, em VIANA DO CASTELO o Tribunal Constitucional abre caminho à demolição do prédio Coutinho... O órgão considerou improcedente o recurso dos moradores, viabilizando a demolição do polémico edifício no centro histórico de Viana, prevista para o primeiro trimestre de 2018. A sociedade VianaPolis já tem quase todo o edifício na sua posse e pretende cessar actividade no final de 2018, após a conclusão deste processo.
Oxalá que os esforços que têm vindo a ser feitos pelo presidente Ataíde surtam o efeito desejado e aquele descomunal aborto paisagístico seja apagado da vista, que não da memória, dos figueirenses.
Cansados de esperar, os figueirenses já estão como S. Tomé: ver para crer.
Isto é, só acreditam quando o problema estiver resolvido.
Passando, vendo, lendo, elogiando, anunciando:
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Tema: *Geladas gotas na dor da separação*
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E desejando:
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Que o Ano Novo de 2018, entre na sua vida através da porta do coração, trazendo: Saúde, Fraternidade, Paz, Amor, gosto pela Partilha.
FELIZ ANO NOVO