sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Como os figueirenses não estão geneticamente preparados para fazer grandes esforços mentais, nem pensar no abstracto e têm uma elevada taxa de iliteracia numérica, fica esta chamada de atenção para a leitura atenta da crónica de José Fernando Correia...

"Em dezembro correrá o debate político sobre o orçamento municipal. Esse contraditório dar-se-á apenas este mês na medida em que 2017 foi ano de eleições e, nesses anos, as decisões orçamentais seguem prazos especiais, mais tardios. A discussão do orçamento municipal não concita grande interesse por parte da generalidade dos cidadãos. É assim na Figueira da Foz e não será diferente no resto do país.
É pena que assim seja. Na verdade, o orçamento é o instrumento central da governação local e, mesmo que seja um documento um tanto complexo (fica a sugestão ao executivo para divulgar, por via electrónica que seja, uma versão simplificada do orçamento, como foi feito com as contas anuais), é credor de mais alguma atenção.
É assim por duas razões centrais: em primeiro lugar, porque o orçamento fixa um limite máximo para as despesas a realizar durante o ano a que se reporta e porque, tendo associado um plano de atividades, oferece uma antevisão daquilo que será o desempenho do município. Na ótica dos munícipes, isso significa que, estando fixado aquele limite, não devem, em princípio, contar com outros gastos públicos que não sejam os que estão orçamentalmente inscritos mas também que podem exigir os que constam do documento. Isto, claro está, se o orçamento for uma previsão credível.
Felizmente, aqui na Figueira da Foz, desde há uns anos, a prudência da governação local, associada a uns “apertões” legislativos, tem permitido que a montanha orçamental não ande a parir ratos de execução. Que em 2018 se prossiga esse rumo."
Orçamento Municipal I, uma crónica de José Fernando Correia, publicada no jornal AS BEIRAS.
CONTRIBUTO OUTRA MARGEM PARA UM MELHOR ORÇAMENTO CAMARÁRIO PARA O ANO DE 2018:
Em termos de receitas extraordinárias, vender  o  edifício do CAE (por razões mais que óbvias, algumas a ser esclarecidas pelo resultado do inquérito que está a  decorrer...) e alugar antes um espacinho, para poder ser devidamente controlado, à Assembleia Figueirense,  a preços módicos, para uma ou outra iniciativa musical no inverno.
No verão, para os espectáculos pagos com o dinheiro dos contribuintes, espaços não faltam: temos o coreto do Jardim Municipal, a zona do Forte de Santa Catarina, o extenso areal da Praia da Figueira, a Avenida Brasil, o largo Caras Direitas, o Largo Eng. Aguiar de Carvalho, em S. Pedro, etc., etc., etc....

Já no que diz respeito à diminuição da despesa corrente, acabar com os vereadores a tempo inteiro (o presidente chega e sobra...), diminuir o número de deputados municipais, extinguir o GAP, prescindir dos assessores e outros inúmeros afins que pululam pelo edifício dos Paços do Município.

Não é muito, mas era um começo... 

E acabar com os desperdícios é sempre um bom começo...

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