sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

O ícone da superficialidade reconfortante da mediocridade da Figueira em que vivemos….

O cromo de hoje é Carlos Monteiro, o mais discreto e low profile dos servidores do presidente Ataíde. Ex-emeérrepêpê, converteu-se cedo ao socialismo democrático e quiçá também à cosa nostra local, a inefável loja dos aventais onde terá também aprendido a discrição com que desempenha as tarefas de que Ataíde o encarrega. Monteiro é um ex-professor de Liceu licenciado em plítica plas freguesias – é ele que baralha e dá , sempre discreto, o jogo de pequenos e grandes poderes e clientelas no concelho profundo. Conhece como poucos o que a casa gasta, nesse campo minado que é esse pequeno mundo de obediências, de conchavos e de conveniências. Ele é também o único vereador totalista dos três mandatos de Ataíde (este foi-se desfazendo de todos os outros, mas guardou sempre Monteiro): começou a vice-presidente, foi despromovido no segundo mandato, mas perseverou (sempre discreto) e foi recompensado no terceiro. Hoje é, de novo, vice-presidente do município, vereador de uma porção de coisas e até do ambiente.

A mais ilustrativa das suas performances, a que identifica melhor o espírito da personagem é este episódio recente: no âmbito das actividades de entretenimento e animação com que a câmara tem por hábito derreter o orçamento anual para deslumbrar o seu público alvo, os labregos, arresolveu-se (ou deliberou-se) proceder à instalação, à beira-rio, de uma composição constituída por cubos de plástico com capacidade de mil litros de água dotados de iluminação nocturna. A composição de cubos perfaz o santo nome da cidade e o encanto e deslumbramento de todos os papalvos que “ah!”, adoram o fogo fátuo do foguetório e os seus reflexos coloridos na água. O busílis da coisa é que os inginhêros da câmbra arresolveram atestar os depósitos com água da companhia. Digam que lá que não é brilhante, num ano de seca extrema, a performance artístico-turística do nosso vereador do ambiente. Mas a boa, inacreditável, notícia é que é para apontar no gelo. A inefável Águas da Figueira, que cobra aos munícipes as tarifas mais altas do país, não leva nada ao município plo transvase. Só visto (aqui).

Carlos Monteiro é bem um ícone da classe dirigente local. A classe dirigente autóctone está, diga-se, também ela, à imagem da classe, por assim dizer, dirigida. Ambas partilham valores como o interesse imediato, a falta de cultura geral (e de ideias em geral), a estupidez natural e, em simultâneo, um certo gosto pelo desvario, pela obra avulsa, despropositada ou faraónica.
Referendados pelo eleitorado com maiorias absolutas sucessivamente reforçadas, Monteiro e Ataíde, ou Ataíde e Monteiro, sentem-se cada vez mais à vontade para, como eles dizem, implementarem de vez a sua visão do mundo – uma mais que provinciana, paroquial e deslumbrada mediocridade.
Se Ataíde tomou o freio nos dentes, Monteiro é o boleeiro da carroça. É como se estivessem, à solta, dentro de um hospital.  

6 comentários:

  1. E a verdadeira imagem do PS e um por traz e outro pela frente. Deus queira que nunca sonhe em ser presidente da camara. Consegue derreter tudo e um perigo e falso... A VERDADEIRA IMAGEM DO PS....
    Ao Ataíde interessa este tipo de pessoas faz o trabalho sujo por isso e que subiu, não e pelo seu valor.

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  2. Torno a dizer perante isto nem sei para onde os hei-de mandar mas eu vou bardamerda.

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  3. Uma imagem degradante do PS...

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  4. Se Ataíde é frugal de ideias e de ambição para a autarquia, Monteiro é um avental que sorri para todos e "lixa" por trás.
    Um verdadeiro campeão no que toca ao feijão frade.
    Prepara-se para governar a autarquia, não para ajudar a população, mas sim toda uma nova geração aventaleira que não está pela causa, mas pelo tacho ou favor.
    E sem duvida Monteiro é o seu homem.
    Pior é praticamente impossível.

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  5. Futuro Presidente da Concelhia do PS e futuro Presidente da Câmara. Pelos intervalos dos pingos da chuva, sempre de sorriso cínico e faca afiada tem levado a água ao seu moinho. Fará tudo para não dar aulas. Ser professor dá trabalho

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  6. Espero melhor sorte para a Figueira em 2021...

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