sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Há vidas que valem a pena...

Numa sexta-feira, com um tempo destes destes, para quem trabalha tanto, na véspera de mais um fim de semana, só apetece descansar e pensar na Liberdade...
Ao que parece, hoje, vão acontecer alguns aguaceiros... 
Só que apesar da ameaça de chuva, creio que ainda não é hoje que se vai perder aquele cheiro delicioso à chuva de verão que nos enche os pulmões...

O outono continua bonito na minha Aldeia. 
Ontem, choveu qualquer coisita,  mas hoje a manhã convida a que  vida volte a transportar-se de dentro para fora. 
Parece ser mais um dia em que apetece, embora resguardado, aproveitar o ar livre.
Já se imaginaram no Cabedelo,  com aquele ar claro de fim de manhã, a saborear um café naquela esplanada onde sinto, penso e escrevo, sobre a falta de pacatez da vida que se vai desenvolvendo à nossa volta? 

Lá na outra margem, a cidade continua uma babilónia de confusões, de orientações, de obrigações e de proibições. 
Continua o fartar vilanagem  dos salve-se quem puder... 
Tudo, porque alguns adoram viver espezinhando os outros.

Depois, queixam-se amargamente dos outros que não têm o inaudito gosto de ligar a convenções! 
A política, na Figueira,  tem essa desvantagem: de vez em quando alguém vai sentindo-se  preso em nome da liberdade.
Alguns, aprendem à custa deles próprios. 
Outros, porém, não... Continuam o que sempre foram: umas bestas!

O pôr do sol de ontem não enganava. 
Nem é preciso consultar a meteorologia... 
Existe alguma coisa melhor que a simplicidade boa da vida?
E a melhor e mais saborosa de todas, a meu ver, é a Liberdade...

Mas que Liberdade? 
É que a Liberdade não é, apenas, uma palavra. 
Temos a Liberdade de opinião, que apesar de aparentemente estar garantida, é exercida por poucos na Figueira.
Temos a liberdade política que, embora com imperfeições, está igualmente garantida. Quer dizer, mais para uns do que para outros...
E a liberdade económica? 
Essa, 43 anos depois de Abril de 1974,  parece-me que continua a ser garantida muito mais para uns, poucos, do que para todos os outros...

Há que corrigir urgentemente esta pecha que tudo mancha.
Também na Figueira...

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