António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
domingo, 19 de novembro de 2017
É fácil habituarmo-nos ao que é bom...
Como tinha tempo, disponibilidade e gosto de olhar (simplesmente olhar, apenas olhar...) fui, ao mesmo tempo, notando que iam passando pessoas.
Presumo que devem ter empregos importantes, pois caminhavam cheias de pressa, enquanto iam falando, sem parar, ao telemóvel.
É aqui que está o segredo da minha qualidade de vida.
Estou só aqui sentado a vê-los passar e a pensar na sorte que tenho de não ter um emprego importante.
Melhor ainda: de nem sequer ter emprego...
1 comentário:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
A praia da sardinha desapareceu até o jardim coitado é tudo menos um jardim.
ResponderEliminar