E agora PS e PSD, quem vos vai levantar do chão?
O PSD local e nacional, parece a Europa do pós guerra. Um amontoado de pedras e umas colunas que mal se aguentam de pé. Ainda assim, existe sempre alguém, com voluntarismo e a troco de cinco minutos de fama, disposto a iniciar a tão desejada reconstrução. Na Figueira, temos o simpático Tenrinho, que não obstante ter levado com duas valentes sovas eleitorais, ainda está disponível para ser candidato à concelhia dos laranjinhas.
Uma missão hercúlea, para não dizer - impossível.
E o PS Figueira?
Os partidos que governaram o município da Figueira durante quarenta anos (PS e PSD), encontram-se ambos em estado comatoso, deitados no chão, com prognóstico clínico muito reservado. Ainda que, supostamente, o PS tenha reconquistado o poder autárquico na Figueira, na realidade, quem ganhou foi Ti Ataíde.
O Partido Socialista foi a "muleta", que o juiz desembargador precisou em 2009 para entrar na politica autárquica, "muleta" essa, que Ti Ataide habilmente, ao longo destes oito anos a foi dispensando, tornando-a num adorno quase inútil.
O PS gradualmente foi desaparecendo, acabou por entrar num estado anémico, letárgico, e em agonia entrou em coma.
O que existe agora é um grupo inorgânico, que gravita à volta do culto do chefe edil, de votos renovados, à espera que o poder da sucessão caia nas mãos de alguém, que possa daqui a quatro anos "renovar" um novo ciclo tipo angolano, e prolongar-se por mais doze anos, e quiçá em quarenta e oito, como prevê nos astros o doutor de ciências politicas e esotéricas - José Fernando Guedes Correia.
Ti Ataíde apenas está preocupado em gerir a corte a seu belo prazer (agora, ignorando de vez os "arautos" bajuladores), à espera de uma prateleira dourada que possa encher ainda mais o seu ego, já de si - enorme (bem que pode esperar).
Ao longo destes últimos anos, as equipas de Ataíde foram piorando, mas inversamente os resultados eleitorais foram melhorando (os fenómenos políticos - Ataíde e Esteves, são casos de estudo).
A maioria dos figueirenses, votaram no mal menor. Muitos cidadãos, continuam a não votar! Recusam-se a votar na mediocridade, que esta democracia está a produzir!
O sistema eleitoral forçosamente deve mudar. É imperativo a criação dos círculos uninominais, quer nos partidos, quer essencialmente nos órgãos do poder da res pública, de forma a resgatar a democracia.
Como disse o poeta: "De que serve ter o mapa, se o fim está traçado? De que serve a terra à vista, se o barco está parado? De que serve ter a chave, se a porta está aberta? De que servem as palavras, se a casa está deserta?"
Será que Pedro Abrunhosa se inspirou na Figueira, para escrever este poema?
Fica a pergunta, cuja a resposta vale um milhão de euros: -
- e agora PS e PSD, quem vos vai levantar do chão?
Nota de rodapé:
- vídeo da música "Quem me leva os meus fantasmas" - de Pedro Abrunhosa
Uma produção ANC-CARALHETE NEWS
Precisas abrir uma escola na aldeia para dar umas lições de escrita para esses artolas que andam para aí a escrever umas croniquetas nos jornais convencidos que andam a escrever uma grande porra e só escrevem cavacadas alguns até estão convencidos que são políticos.
ResponderEliminarEste post está divinal parabéns.
Este artigo é um verdadeiro ensaio de lucidez,de requinte de análise profunda reflexiva sobre a crise politica que a Figueira vive, contra a cegueira dos amanuenses/escribas avençados de pasquins, armados em doutos cientistas politicos, a escreverem "croniquetas" de cordel.
ResponderEliminarParabéns Agostinho, pela partilha do saber lúcido, humilde, e sensível. Que se faça então a "escola do Agostinho" na aldeia, a favor da lucidez e contra todos os tipos de cegueira, essencialmente a da vaidade estúpida.
Caralhete<.
ResponderEliminarCaso de estudo são os que votam na Figueira ( figueirenses é outra coisa ). Os presidentes estão mais que estudados.
“o simpático Tenrinho, que não obstante ter levado com duas valentes sovas eleitorais, ainda está disponível para ser candidato à concelhia dos laranjinhas.
ResponderEliminarUma missão hercúlea, para não dizer - impossível. “
Claro que é “quase” impossível.
Mas já agora os derrotados são apenas os que vão “à frente”
É que existem outros podem é ser bons conversadores.
Boa semana
Os que votam na Figueira, a grande maioria sofrem do sindrome de Estolcomo. São vitimas que gostam do agressor, e de levar nas trombas, como na violência doméstica, ou apenas são pessoas com medo...algumas chegam a ter medo de virem a ter medo. Porra, até eu que estou enojado com tudo isto, já escrevo aqui de forma anónima. Fonix vou mas é pedir asilo ao casal do rato, que brevemente vai ser independente.
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