quinta-feira, 31 de agosto de 2017
MANUEL CINTRÃO, HOMEM LIVRE, REPUBLICANO E SOCIALISTA, NÃO APOIA JOÃO ATAÍDE, NEM APOIA A LISTA DO PS Á JUNTA DE FREGUESIA DA MARINHA DAS ONDAS
2 - Tenho tornado público o meu não apoio, pela primeira vez depois do 25 de Abril, à lista do Partido Socialista concorrente à Câmara Municipal da Figueira da Foz.
De facto, com dever político e de cidadania, confirmo o não apoio, entre outras, pelas seguintes razões:
- Demasiado centralismo do poder municipal, protagonizado por João Ataíde, vocacionado apenas e só para cidade e pouca, muito pouca, projecção política para as freguesias, todas elas manietadas pela ausência de descentralização de competências, meios financeiros, apoios logísticos e outros.
- Pela política de saúde criminosa, verdadeiro atentado contra a política de saúde de proximidade consagrada nas “Grandes Opções do Plano”, aprovadas pelo actual governo, ao protagonizar o mais que presumível fecho de todas as Unidades de Saúde do norte e sul do concelho e congregá-las em dois Centros de Saúde – Alhadas e Lavos.
- Pelo enorme embuste que é o PDM, que aprovaram à pressa, cheio de erros e omissões e altamente nefasto para as freguesias rurais.
Igualmente, não apoio a lista do Partido Socialista, pela primeira vez depois do 25 de Abril, candidata à Junta de Freguesia de Marinha das Ondas.
Tenho e sinto este dever de cidadania de informar os meus amigos, amigas, conterrâneos e residentes, para evitar que alimentem eventual expectativa sobre a minha pessoa.
3 -Não contem comigo para invocar as razões que me levam a não apoiar a lista do Partido Socialista à Junta de Freguesia de Marinha das Ondas, a minha família política. Apenas direi: não troco a minha liberdade, coerência e capacidade de combate político pela subserviência ao poder camarário, insensível e centralizador.
Muito menos andar ao beija-mão a interesses instalados.
Também não apoiarei qualquer lista de outros partidos candidatos à Junta de Freguesia de Marinha das Ondas, que fique bem claro.
As minhas dúvidas repetirão sempre o processo «ad eternum», como é óbvio. Por isso escrevo textos, quando me apetece, por vezes incómodos e perturbadores para, isso mesmo, suscitar dúvidas e abalar os baluartes supostamente inexpugnáveis das verdades absolutas, por parte dos poderes autárquicos e outros.
Nunca gostei de submissões, servilismos, nem seguidismos. Essa é a medida do meu carácter, por isso torno público que saio de cena, como trégua eleitoral, deixando aos partidos ou grupo de cidadãos candidatos às autarquias que se concentrem na apresentação das suas propostas, sugerindo-lhes que evitem baixa-política.
Para finalizar reservarei o direito, como homem livre, que sempre fui, de combater sem tréguas qualquer atoarda eleitoral ou ecos negativos sobre a minha pessoa, desde que ofendam a consciência e meu carácter. Porque os meus textos são como dois gatilhos de uma arma que dispara, através das palavras, para defesa do meu bom nome, se for caso disso."
Via Manuel Cintrão
1 comentário:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Uma análise clara e lucida felizmente efectuada por um socialista (se não fosse já estariam a gritar que era o reacionarismo das oposições).
ResponderEliminarO problema é que o Dr. Ataíde é apenas um pormenor, importante, mas ainda assim um pormenor.
O grave é a indigência em que se tornaram os dois maiores partidos da Figueira (PS e PSD).
Também o PSD procura o seu Ataíde.
Só assim as máquinas partidárias podem sobreviver.
Eles sabem que não podem ser candidatos (encabeçar listas) a coisa nenhuma porque não lhes reconhecem credibilidade.
Se os partidos não se credibilizarem minimamente este é um jogo viciado.
Figueira um concelho com mar mas que parece um concelho do interior profundo (dos maus porque felizmente existem muitos e bons).