sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Grande Ary, não podes ser mais actual!..

Na Figueira, nos últimos oito anos, o Inverno chega mais cedo e é muito rigoroso.
Mas, é o que os cães com trela, que se deixam enganar com as eternas quimeras de Verão, prometidas pelos donos das promessas, em modo de compromisso de fantasia, merecem. 
Antes cão sem dono, mas portador do passaporte da Liberdade...



Inverno não é ainda, mas Outono
A sonata que bate no meu peito
Poeta distraído, cão sem dono
Até na própria cama em que me deito

Acordar é a forma de ter sono
O presente, o pretérito imperfeito
Mesmo eu de mim próprio me abandono
Se o rigor que me devo, não respeito

Morro de pé, mas morro devagar
A vida é afinal o meu lugar
E só acaba quando eu quiser

Não me deixo ficar... não pode ser
Peço meças ao sol, ao céu, ao mar
Pois viver é também acontecer

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