"Vivemos tempos de infantilização da política. E de simplificação pateta das frases e das ideias através do twitter e do Facebook. Talvez por isso, Alan Moore (autor da novela gráfica "V for Vendetta", que recuperou a máscara de Guy Fawkes e serviu de símbolo ao grupo Anonymous), contra a simplicidade atroz dos tempos modernos, tenha escrito uma novela sólida de 1.300 páginas, "Jérusalem". Moore acha que vivemos um tempo de vazio, em que nada fazemos para além de reciclar o passado. Sem movimentos de ruptura, de contra-cultura, as sociedades adormecem.
Olhando à volta, especialmente na sociedade portuguesa, sente-se isso: o afunilamento da oferta em termos de comunicação ou de cultura está a conduzir Portugal a um vácuo.
O turismo não salvará este ocaso do pensamento contraditório.
É por isso que as próximas eleições autárquicas, que poderiam ser um sismo nas nossas placas tectónicas bem comportadas, estão a revelar-se apenas como um ajuste de contas entre os partidos instalados e alguns políticos que saíram da sua órbita mas que pensam da mesma maneira."
Fernando Sobral
Nota de rodapé.
No fundo, é mais do mesmo: os políticos são (e se não são, disfarçam muito bem...) todos iguais.
Apenas têm caras diferentes para que se possam distinguir uns dos outros.
segunda-feira, 28 de agosto de 2017
A Figueira é disso um belo exemplo: até ao momento, tem sido um vazio impressionante. Os candidatos têm-se limitado a dar alguns (poucos) sinais de vida, em partidos que parecem mortos!
1 comentário:
Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.
Os partidos na Figueira já morreram (já cheiram mal).
ResponderEliminarEstão aflitos para que passem as eleições (dentro das campanhas o que se ouve mais é “só quero que isto passe depressa, que chegue o dia 1”.
Ganham ou percam (PS e PSD) já esta tudo previsto.
Falta apenas saber a dimensão da vitoria/derrota das partes.
Para os intervenientes isso é indiferente (ou quase).
O chato é ter de prestar contas (oposição e poder) e andar nestas coisas das eleições.
No dia 2 uns vão pensar como se aguentam no poder durante 4 anos e os outros na oposição durante 4 anos.
Em termos práticos o mesmo que andaram a fazer nos últimos 4 anos.
No fundo a (economia) politica figueirinha é preta (não verde) circular mas não reutilizável.
Em termos práticos não existe ecoponto (ou local de tratamento de resíduos mais tóxicos) onde os por todos.
Eles estão sempre (por eles próprios ou por interposta pessoa)
Daqui a 4 anos ca estarão a discutir a economia verde, ou outra, talvez das fraldas ( as dos lares de idosos porque nascimentos e população jovem não vai haver) e aflitos para ver como se vão passar mais 4 anos.
Boa semana.