"Há uns anos atrás construiu-se uma das primeiras rotundas da freguesia de Alhadas. Serve, e bem, a distribuição de tráfego, uma necessidade estrutural que surgiu com a construção da A17. No início plantaram-se umas oliveiras na rotunda. Muito bem. Paisagem, sentido ecológico, não havia relvados, consumo excessivo de água nem sistemas de rega. “Passou” a crise financeira e em 2017 a Junta de Freguesia (ou a Câmara?) decide investir na rotunda. O objetivo é somente embelezar, um “projeto municipal” de mais de 20 000 euros para “requalificar a rotunda”. Vamos ter direito certamente a uma inauguração com alguma pompa e circunstância. O atual presidente da Junta terá assim “obra para mostrar nas próximas eleições”, se se candidatar. O entusiasmo da Junta de Freguesia pela rotunda contrasta com a falta de investimento no ambiente e na sustentabilidade. As piscinas da freguesia continuam a não ser eficientes. Muita energia gasta, e dinheiro dos contribuintes, por falta de iniciativa local. A colocação de painéis solares térmicos, algo que muitos de nós temos em nossas casas, iria poupar dezenas de milhares de euros à Junta. Mas, nada foi feito. As piscinas, e muitos equipamentos camarários, continuam a zero em termos de investimento na eficiência energética. Conclui-se que a “consciência ecológica” local é algo que ainda não existe. No mesmo plano observa-se que a eficácia dos investimentos retrocede aos anos 90, quando “as obras” (rotundas…) é que prevaleciam."
Rotundas vs painéis solares, uma crónica de João Vaz.
Nota de rodapé.
Poucas cidades portuguesas têm um passado tão pobre como a Figueira da Foz, uma cidade cuja vocação para o turismo de pé descalço, não remonta a A.C., apenas porque então não exisitia.
Os políticos locais, na Figueira, ao longo dos últimos 40 anos, estiveram ao nível dos políticos nacionais: apenas fizeram menos merda, por uma questão de dimensão.
Para um autarca, na Figueira, fazer merda, é uma característica de perfil que auspicia um futuro glorioso na liderança dos destinos da autarquia.
Felizmente, que um autarca local figueirense não tem a capacidade intelectual, nem financeira, para dar cabo da economia de um país, com negociatas tipo BPN, submarinos, PPP rodoviárias, Siresp, ensino privado, saúde, etc..
Um autarca local figueirense, só consegue fazer merda a um nível restrito.
Gasta o dinheiro dos contribuíntes em aleivosiazinhas, disparatezinhos, pequenos insuflares de egozinhos.
Faz parte do Portugal dos Pequeninos da política.
As rotundas são disso exemplo.
Autarca que não tenha construído umas belas rotundas, não pode ser digno dessa função. É uma espécie de mijinha do cão para a posteridade, para um dia poder gabar-se, nem que seja aos netos.
Em 2017, como as rotundas estão todas inventadas, com o altíssimo patrocínio da Nossa Senhora das Eleições Autárquicas, reparem na quantidade delas que anda em obras em Tavarede e em Buarcos/S. Julião!..
A Figueira dos figueirinhas, lembra-me Portugal à micro-escala.
Passado glorioso, presente insidioso, futuro duvidoso.
Os meus parabéns à cidade, sobretudo aos cidadãos que têm sabido escolher tão bem os governantes locais...
Fica o meu obrigado aos néscios, por me obrigarem também a pagar a fantasia em que vivem.
A factura dos carnavais, rotundas e festividades várias, fica pesada para todos os contribuintes...
E, isso, aborrece-me.
Causa-me um desconforto geral.
Todavia, a vida tem de prosseguir.
Como sempre.
ADENDA:
Neste momento, se não falha nenhuma, estão a decorrer obras na Rotunda do Foral Tavarede (aquela que foi construída com a variante de Tavarede), Buarcos, Poço da Vila (as obras estiveram 6 meses paradas), do Limonete (alcatroaram e ainda não meteram as passadeiras) e Alhadas Maiorca na nacional 111!
Valha-nos a Nossa Senhora das Eleições Autárquicas/2017!..
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