quinta-feira, 29 de junho de 2017

MOMENTO "SALVADOR SOBRAL - GRANDE PAÍS!!!"

"Grande país… onde uma piadola iconoclasta e anárquica meio mal medida e sem “filtro”, como DEVEM ser as piadolas iconoclastas e anárquicas… é o assunto do dia e combustível da ardente indignação da µæ®∂@ das redes sociais, que se “incendeiam” com mais facilidade do que as matas portuguesas no verão!
Grande país… onde Dylan não teria chegado ao segundo disco, onde Cohen seria escarnecido por estar a “dormir” no palco em vez de cantar, onde Frank Zappa seria crucificado por insultar reiteradamente a falta de consistência do público… onde o Zeca (ah! Como todos gostamos do Zeca!!!) morreu sem meios de subsistência e ignorado (quase) por todos.
Grande país… onde repentinamente tudo, incêndios, vítimas, responsabilidades, solidariedade, oportunismo de meia-dúzia, hipocrisia de alguns e a ingenuidade de muitos, fica soterrado sem remissão debaixo da avalanche provocada por um “fait-divers” que não merece mais do que uma boa gargalhada à volta de umas imperiais numa esplanada.
Parafraseando António Nobre… «Georges, anda ver o meu país de… virgens ofendidas.»"

Via Samuel Quedas

Nota de rodapé.
O peido Salvador... 
... ó Sobral, apenas lhes disseste que tinham o mau gosto das carneiradas, que há um ano fazias com a boca e ninguém te ligava e agora se o fizeres com o traseiro, no Meo Arena, até palmas te batem. Mas eles não perceberam, porque o peido,

o peido, Salvador,

o peido que tu não deste, não deste tu, foram eles,

Pum! Traque!

Viva o Mário-Henrique, que os topou:

A MINHA QUERIDA PÁTRIA

os camões
os aviões
e os gagos-coutinhos
coitadinhos

a pátria
e os mesmos
aldrabões
recém-chegados
à democracia social
era fatal

a pátria
novos camões
na governança
liderando
as mesmas
confusões
continuando
mesmo assim
as velhas tradições
de mau latim
da Eneida

enfim
sabem que mais?
pois
vou da peida

1 comentário:

  1. O sôr Salvador foi incorreto e não há volta a dar a isto. Participava num espetáculo de angariação de fundos e de homenagem à memória das vítimas do incêndio que originou mortes, muitas mortes. Não pode abastardar o momento com o peido que não deu, só porque estará inchado (e se calhar com razão) com o vento que a generalidade dos portugueses lhe sopra face à vitória que teve.
    Se fosse num espetáculo dele, podia até borrar-se no palco pois só se representava a si mesmo. Ali, naquele dia no Meo Arena, representava um País que chorava os seus conterrâneos e que colaboravam com a sua presença e os seus donativos tentando, desse modo, aligeirar a desgraça havida. Não foi correto!

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