quinta-feira, 1 de junho de 2017

De Aguiar de Carvalho a João Ataíde, a volta que "o centro de gravidade" da Figueira levou!.. Para pior, claro...

"Durante os mandatos de Aguiar de Carvalho, foram projectadas novas avenidas que desviariam o trânsito exterior dirigido às praias e o fariam fluir sem perturbar o quotidiano dos figueirenses e do comércio do centro da cidade. 
A solução era óbvia e resultou facilmente. 
No entanto, na altura ninguém imaginou que um dia estas avenidas também serviriam de acesso a grandes superfícies comerciais. 
A ajudar o planeamento que estava para vir, ocorreram oportunos incêndios em terrenos do sopé da Serra, que mais tarde ou mais cedo viriam a servir de base para instalação das novas grandes superfícies. 
Hoje, as avenidas que originalmente serviam para desviar o trânsito exterior do centro da Figueira passaram a atrair os próprios Figueirenses, que efectuam ali as suas compras, vão ao cinema, vão comer, etc. 
Avenidas pensadas para um rápido fluir do trânsito passaram a ser equipadas de semáforos, de passadeiras e de variados obstáculos urbanos para a reduzir a velocidade, aproximando a velocidade média de circulação nestas artérias à velocidade de circulação na zona antiga da cidade. 
Nos dias que correm, a deslocação do centro de gravidade da cidade está consumada. Esqueçam o rio ou a praia, a Figueira deslocou-se para uma das suas periferias, atropelando corredores verdes, cursos água e zonas de cheia junto à serra. 
Isto é outra cidade meus caros, e não é bonita."
Novo centro de gravidade, uma crónica de Rui Curado da Silva, publicada no jornal AS BEIRAS.

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