A foto de cima, foi obtida na passada sexta-feira, no decorrer da inauguração da exposição mais recente do fotojornalista covagalense Pedro Agostinho Cruz.
A foto mais abaixo, foi obtida na inauguração de uma mostra que decorreu no Núcleo Museológico do Mar de 8 de Junho a 23 de Agosto de 2013, que englobou cerca de 70 peças das áreas do artesanato, pintura, fotografia e desenho, e resultou da tese de mestrado de Filipe Couto, apresentada na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
"Recantos da Aldeia", "Gentes do Mar", "Alerta Costeiro 14/15", "Mário de Belém, visto por Pedro Cruz", e "Olívia Ribau - o naufrágio não é o pior", são 5 exposições de fotografia de um jovem fotógrafo figueirense que viram a luz do dia na cidade da Figueira da Foz, entre os anos de 2010 a 2017.
Nesta segunda Exposição do Pedro Cruz no Núcleo Museológico do Mar, sito na Rua Governador Soares Nogueira, n.º 32 - Buarcos, Figueira da Foz, que vai estar patente ao público até 31 de Maio próximo, como muito bem escreve a jornalista Bela Coutinho no Diário de Coimbra de hoje, "o ambiente era diferente de qualquer um outro na inauguração de uma exposição. No ar, e no rosto das pessoas, sentia-se tristeza e a própria sala, semi-iluminada propositadamente, também parecia de “luto”, tal como as 19 fotografias que Pedro Agostinho Cruz tem expostas. Dor, desespero, sentimento de impotência, mágoa, e muitos outros sentimentos apanhados pela objectiva do fotojornalista no dia da tragédia do naufrágio do “Olivia Ribau”. A exposição termina (como uma lufada de esperança), com o rosto do agente Carlos Santos, que, num acto de heroísmo (que lhe valeu uma medalha), conseguiu salvar duas pessoas." |
Gostava de viver numa cidade onde os jovens que se preocupam com a Cultura fossem estimulados, incentivados e apoiados por quem tem o dever de o fazer.
Mas, assim não acontece. A Figueira transformou-se num clube de amigos...
Não só por isso, mas também por isso, a Figueira está às portas da morte. Pouco a pouco, os burocratas do regime foram afastando os valores que a Figueira tinha.
O maior pecado que poderia ter acontecido para com estes jovens, foi cometido: os responsáveis pela condução da política figueirense trataram-nos com indiferença. E a indiferença, como muito bem sabe um vereador da cultura do gabarito intelectual do senhor doutor António Tavares, é a essência da desumanidade.
João Traveira, um dia destes, a propósito disto, deu uma entrevista transparente e esclarecedora.
Por muito maçadora que seja a vida, hoje, numa cidade como a Figueira, ela teria que ter algum conteúdo, ideias e valores.
E isso é algo que a Figueira deixou de ter: vivemos no vazio de ideias e competências.
A Figueira, hoje, é uma cidade irrelevante.
A meu ver, seria uma uma atitude que só enobreceria quem está à frente desses cargos políticos, independentemente de benefícios pessoais, dar uma palavra de incentivo e estímulo aos jovens talentos que, felizmente, ainda existem na Figueira da Foz!
Há uns dias, fui assistir ao lançamento de um livro de um jovem e talentoso escritor figueirense, de seu nome Pedro Rodrigues.
Sala cheia, mas ninguém do departamento cultural da Câmara da Figueira da Foz estava presente.
O Pedro Cruz nas 5 exposições de fotografia que já levou a público na Figueira da Foz, em nenhuma delas mereceu ter a presença do senhor vereador da cultura, prémio Leya e tudo, dr. António Tavares.
Há pessoas que ufanamente gostam de apregoar a sua coerência por sempre terem pensado e agido do mesmo modo.
A esses, eu contraponho que, coerentemente, já mudei de opinião várias vezes e que não me arrependo nada de o ter feito, nem me envergonho de o confessar publicamente.
É tudo uma questão de se ser coerente.
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