"António Durão, do MPT, trouxe ontem até nós o Eurodeputado José Faria desse partido para se inteirar do grave problema de erosão costeira sentida no nosso concelho. Os interesses da terra estão acima dos partidos, razão, pela qual, não pude deixar de felicitar a iniciativa."
Nada de mais normal. E a explicação é fácil e óbvia.
Cito António Durão:
"...a nossa candidatura irá trazer à Figueira da Foz o Eurodeputado Jose Inácio Faria a fim deste se inteirar sobre a situação da erosão costeira na margem sul. Haverá um encontro com os promotores do movimento cívico Sos Cabedelo onde falaremos da solução proposta - o Bypass - para ultrapassar o flagelo que se vai agravando de ano para ano. O ponto de encontro será no cabedelo, à frente do Parque de Campismo.
De seguida rumaremos ao Cabo Mondego, outro dos dossiers que temos em mãos, para visitar o Património Geológico do Cabo Mondego.
Aos cidadãos que queiram estar presentes, fica desde já o convite".
Carlos Tenreiro, além de candidato do PSD, também é um cidadão...
Portanto, como não temos dois sistemas, a meu ver, a igualdade formal dos cidadãos, os candidatos e os outros, todos podem ter os mesmos interesses, as mesmas motivações e as mesmas preocupações...
Tudo o que seja tentar questionar a igualdade do cidadão Carlos Tenreiro, sendo ou não candidato, perante uma situação de alerta real e de preocupação para um problema que afecta todo o concelho, é tentar polemizar e fazer uma manobra de diversão.
Que o mesmo é dizer, é querer que se "tome a nuvem por Juno"...
As coisas são bem claras: António Durão, candidato do MTP à Câmara Municipal da Figueira trouxe à nossa cidade um Eurodeputado.
Carlos Tenreiro, candidato do PSD à Câmara Municipal da Figueira da Foz, colocou os interesses da terra acima dos partidos e foi felicitar o promotor da iniciativa.
Não vejo onde esteve o problema ou a preocupação?
Preocupante, quanto a mim, foi não ter estado ninguém ligado ao poder a receber o eurodeputado.
A diferença de opinião entre pessoas nunca deve ser motivo de preocupação.
A diversidade é que é fecunda.
foto António Agostinho |
Estamos numa cidade onde reina o pensamento único.
Isso sim, é que é negativo: estreita as soluções para os problemas agudos que vivemos, como é caso da erosão costeira a sul da barra do estuário do Mondego!
É importante que saibamos aquilo em que nos focamos.
É importante que seja a meritocracia.
E, nunca, a competitividade balofa, o exibicionismo fútil.
Tudo isso é supérfluo.
Saúdo e aprecio a iniciativa dos dois candidatos e a forma como se despiram de ideologias para tentarem resolver um problema que a todos interessa. Esta é a forma como a política, seja ela local ou nacional, devia funcionar.
ResponderEliminarParabéns aos dois!
Esta questão é demasiadamente importante para as populações e não pode, nem deve, ser partidarizada. Nem é ético que alguém (seja quem for) se aproveite de um momento destes para fazer campanha. Carlos Tenreiro é conhecido por ser um cidadão interessado e activo, e nessas condições era de estranhar que não tivesse estado presente.
ResponderEliminarPorém, se o fez na condição de candidato, e em acção de campanha, confesso que para mim é uma situação absolutamente atípica, mas igualmente de respeitar uma vez que somente a ele diz respeito a sua estratégia eleitoral.
De facto, ninguém do poder político local esteve presente! Mais outra observação inteligente e perspicaz do António Agostinho...
Mas no final das contas, o importante é que se reunam todas as condições para que juntos (todos os Partidos, movimentos cívicos, associações, poder local e populações) encontremos uma solução para esta questão. Se as próximas eleições autárquicas servirem de catapulta para que isso aconteça... não vejo mal nenhum... seria sinal de que os actos eleitorais em Portugal afinal serviriam para alguma coisa em concreto.
Abraço ao meu amigo António Agostinho e ao seu trabalho que está a ficar cada vez com melhor qualidade e impacto (se bem que nem precisaria para eu já ser fã).