Segundo o apurado por este blogue, sexta-feira João Galamba, deputado do PS, vem à Figueira tentar convencer Rui Duarte a desistir a favor de José Esteves.
A reunião, ao que conseguimos apurar, terá lugar nos Lavadouros de Buarcos, com os secretariados do PS Buarcos e S. Julião. A mediação diplomática ficará a cargo de João Galamba, deputado eleito por Coimbra e membro do secretariado nacional do PS, apenas com 6 anos militância.
João Portugal e João Galamba são os elementos que mais pressão fazem em Lisboa para reconduzir José Esteves a um terceiro mandato à frente da maior freguesia do concelho da Figueira da Foz.
Tudo isto ainda está no segredo dos deuses do PS local, para evitar fugas de informação e alarme nas hostes do PS local.
Contudo, OUTRA MARGEM conseguiu furar o bloqueio e apurou ainda, junto de fonte segura, que existe um plano B: a reunião prevista para os Lavadouros de Buarcos, para sábado à noite, pode ser substituída por um jantar de mediação, entre os representantes de José Esteves e Rui Duarte.
Também para a lista do PS à Câmara as coisas estão a compor-se.
António Tavares sai. Vai ser substituído por José Fernandes - actual assessor para a parte económica de João Ataíde.
João Portugal sai. Mas, com a condição de ser substituído pelo Nuno Gonçalves, actual administrador da Figueira Domus.
José Fernandes e Nuno Gonçalves, são de Montemor. A actual vereadora Ana Carvalho vai manter-se, e também não é da Figueira, tal como João Ataíde.
Se o PS, nas próximas eleições, mantiver os cinco vereadores, quatro não são figueirenses. Apenas o professor de Biologia, Carlos Monteiro, será da Figueira.
Entretanto, a resolução do difícil e intrincado problema de Buarcos/S. Julião pode passar pelo seguinte: ser oferecido a Rui Duarte o lugar de adjunto ou assessor no gabinete de apoio a Ataíde, ou, em alternativa, um lugar de administrador na Figueira Domus.
Não me cabe, obviamente, pronunciar-me sobre as escolhas do Partido Socialista, mas preocupa-me o presente e o futuro do nosso concelho e, tanto um como outro estão, em grande medida, nas mãos dos Autarcas.
ResponderEliminarA ser confirmada, a solução avançada não me surpreende mas incomoda-me.
Aliás, neste processo como noutros semelhantes - mesmo que não na política - incomodam-me exactamente as duas situações que estão aqui amplamente espelhadas:
A) Alguém que quer apenas manter o poder e não consegue fazer autocrítica avaliando objectivamente a sua competência, consistência, capacidade (ou a ausência delas) para o desempenho da função;
B) Alguém que se sente capaz de desempenhar melhor o lugar e tem, teoricamente pelo menos, capacidade para ele, deixar-se "convencer" a desistir da candidatura (ou do sonho) a troco da promessa de atribuição de outro cargo,eventualmente até de título mais pomposo.
E assim se constroem as equipas, não com os mais capazes mas com os mais "moldáveis".
Aguardemos...