Foto Beiras |
Com toda a ligeireza, divulgou-se agora em trinta dias aquilo que nunca foi projectado, feito ou sequer idealizado em noventa e seis meses, o equivalente a quatrocentas e dezasseis semanas, ou seja, dois mil novecentos e vinte dias de governação.
De facto, durante oito anos o areal manteve-se tal como se encontra hoje, desaproveitado; o Cabedelo sem iluminação e totalmente desprovido de infra-estruturas mínimas para a praia de surf que merecia ser; a piscina-praia como exemplo clamoroso duma gestão errática com custos incalculáveis para o erário público; o estádio municipal degradado, votado ao abandono; a cidade, uma estância turística de renome, viu o sector do turismo despromovido para uma divisão fantasma da Câmara Municipal; e, coincidência ou não, talvez por ser ano de eleições, o recurso repentino e miraculoso a 9 milhões para obras quando a população vem, desde há muito, convivendo com estradas, ruas e passeios em estado acentuado de deterioração.
Nas sobreditas promessas assenta uma pequena particularidade: tudo a concretizar a partir do ano 2018…
Há quatro anos atrás, também em véspera das eleições, entre outras promessas, foram colocados gigantescos out doors na marginal (pagos com o dinheiro todos nós) prometendo um projecto fabuloso para a praia que redundou numa enorme fraude, tomando como referencia o que por ali anda hoje em dia…
O que pode levar alguém prometer que vai fazer em quatro anos aquilo que não fez em oito? Ambição desmedida pelo poder ou falta de sentido de responsabilidade?
Diz-se que todos os políticos por altura das eleições caiem na tentação de anunciar promessas atrás de promessas para conquistarem o poder. Admitindo-o, convirá, contudo, relembrar que na Figueira da Foz apregoou-se a diferença, que tinha chegado uma nova forma de fazer politica, feita por alguém independente e distante dos partidos, imbuído em conceitos de rectidão e de compostura, um juiz… dizia-se…
Quando a nove meses das eleições a toada propagandística já comporta um tal registo de promessas, não se mostra difícil adivinhar o que nos reservarão os próximos tempos.
Não pode valer tudo!"
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