"Há dias deparei-me com uma noticia onde o representante máximo da CMFF surge na companhia do Madjer, anunciando que pretende fazer um centro de futebol de praia daqui a 3 anos, o que me levou a interrogar porquê só agora esse interesse súbito (!?) e porquê só para o ano de 2020 (!?), pois se existe cidade com condições ímpares para a prática dessa modalidade, a Figueira da Foz é uma delas. Haja areia, vontade e empenho!
"Outros desportos de praia e mar continuam aguardar por melhores dias, como é o caso do surf. Há mais de 40 anos que sucessivas gerações de surfistas locais fruem das excelentes ondas oferecidas pela extensa frente oceânica do nosso concelho e caso não se implementem linhas orientadoras e sustentadas para a sua promoção, de nada vale ao Edil posar ao lado do “nazareno” McNamara (esclareça-se, um especialista de vagas gigantes que nada tem a haver com a nossa realidade).
Mas não é só na área do desporto que paira a obsessão de se apostar em figuras vindas de fora, qual receita milagrosa para a resolução de questões internas: A condução (duvidosa) do projecto do areal foi entregue a um arquitecto domiciliado em Aveiro; a dinamização (adiada) da ilha da Morraceira recaiu num professor da Universidade de Coimbra; o (inexistente) desenvolvimento económico do concelho assenta na recepção a embaixadores;
Todas essas iniciativas (e muitas outras) comportam um denominador comum: nada avança de feição e os convidados, tal como chegam, rapidamente debandam.
Excepção feita à governação local, uma área, também ela, extremamente carenciada, onde e apesar de não se vislumbrarem grandes resultados, a aposta vinda de fora já cá anda há oito anos."
Por Carlos Tenreiro. Para ler a crónica, na íntegra, clicar aqui.
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