Uma foto descaradamente sacada ao João Pita |
Acredito que gostem da Aldeia, que gostem de cá viver, que a considerem também sua, mas não têm cá as raízes: têm as raízes noutros lados, que alguns continuam a cultivar.
Quem aqui nasceu, gosta de uma maneira especial da Aldeia.
Não é gostar mais nem melhor: é gostar difrente.
A Aldeia continua a correr-me nas veias.
Este covagalense, olha para a sua Aldeia com sobriedade, não embarca em modas.
No fundo, o covagalense que eu sou, é, filosoficamente, um aldeão, descendente de marítimos explorados e arruinados pela dureza das suas vidas, um aldeão desenganado, um anarquista desiludido com a cidade, mas acalentando sempre orgulho na sua ascendência.
E então, é um desconfiado do catano, quando vê espalhafato e grande aparato.
Esta foto do João Pita, fez-me pensar sobre o velho e sempre actual tema da mudança que foi feita na Aldeia a partir de 1993.
Esse tema, quanto a mim, de uma vez por todas, deveria vir para a ordem do dia.
Basta de descaracterizarem a Aldeia. Os covagalenses precisam de manter e preservar as poucas referências que ainda restam.
A importância desta Aldeia, só pode ser reconhecida depois de lhe conhecer a história e tudo que a envolve...
Não me canso de elogiar esta Aldeia: é um autêntico bálsamo deambularmos por aqui
A decrepitude é uma etapa da vida, que eu vou encarar com a naturalidade com que sempre encarei todo o meu percurso de vida.
Pelo meu aspecto, pelo meu interior e pelo meu pensamento, sinto-me tal quando tinha menos uns anos: continuo a ter quatro membros flexíveis e um duro.
Portanto, àqueles que sempre tiveram quatro duros e um flexível, aconselho que vão dar uma volta ao bilhar grande no próximo ano. E que façam uma boa viagem.
Bom 2017 para todos: os novos e os velhos.
Vistam sorrisos de palhaços. Esqueçam tristezas e cansaços; ...tragam todos os festejos. E ninguém se esqueça de beijos; ...tragam pendas de alegria.
E a festa dure até ser dia...
Mas que nenhum me dê conselhos!
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