Vivemos num concelho onde a liberdade de religião só é possível, porque as religiões não estão no poder.
Esta liberdade é uma conquista do Estado laico.
Todavia há momentos e manifestações que não deveriam ter lugar e, muito menos, permitir-se a instrumentalização de pessoas (que, possivelmente, não fazem a mínima ideia que estão a ser utilizadas) para fazer uma mensagem que não faz o mínimo sentido nos dias de hoje.
Lembro-me de, em 2006, a retirada de crucifixos das escolas públicas portuguesas, ter dado uma polémica dos diabos entre os partidos.
Na altura, por exemplo, "o Ministério disse que medida não era novidade. O BE defendeu que crucifixos deviam ter saído das escolas no 25 de Abril. O CDS-PP considerou que comunidades devem ser ouvidas sobre a questão. A Conferência Episcopal Portuguesa incentivou a «que os católicos portugueses se manifestem-se»".
A meu ver a religião, deve ser uma opção pessoal.
Se uma instituição a utiliza, entramos num terreno muito perigos e pantanoso.
Se um político privilegia um credo, para além daqueles que são ateus, está a discriminar outros credos.
Vivemos num concelho onde existe o direito de todos a escolher a sua opção religiosa, pois existe, nesse campo, a diversidade.
Hoje, o presidente João Ataíde, na companhia do Vereador Carlos Monteiro, almoçou no Peleiro (Paião) com oito padres das nossas paróquias.
Entre eles, estavam o Padre Carlos, o Padre Veríssimo, o Padre Manuel da Silva, o Padre das Alhadas e Maiorca.
Ataíde, nem no Natal dá abébias...
Por mim, apenas desejo que a convivência, nem sempre fácil entre o poder político e o espiritual - com todos os credos e as religiões - prossiga.
Feliz Natal senhor presidente! E, espero, que não se esqueça dos ateus, que também são cidadãos do concelho com direito a voto e filhos do mesmo Deus...
ACTUALIZAÇÃO às 21 horas e 40 mintutos.
Acabei de saber, que para o presidente Ataíde, "hoje, o almoço foi em excelente companhia e com votos de muita saúde, paz, alegria e amor para todo o Concelho".
Ainda bem.
Deve ter sido uma coisa simples, confeccionada com carinho e oferecida de bom grado.
Continue a servir-se à vontade senhor doutor João Ataíde...
Eu gostava de acreditar no Presidente, nos Gnomos e no Pai Natal...
Mas...
Essa dos ateus serem filhos do mesmo deus tem muito que se lhe diga.
ResponderEliminarCom certeza que o almoço foi pago pela igreja,nao?