Até à passada sexta-feira, o púlpito do plenário da Assembleia da República nunca tinha sido usado por um deficiente motor.
Jorge Falcato, o deputado eleito pelo BE, experimentava pela primeira vez as plataformas criadas para permitir o acesso a deputados com deficiência motora.
Este deputado, voltou a trazer ao debate parlamentar a questão do apoio às pessoas com deficiência. Falcato bate-se pelo apoio directo à pessoa deficiente, dando-lhe a possibilidade de ter um vida independente, de poder escolher quem a pode ajudar e em que condições. Quer isto dizer, que o actual paradigma de institucionalizar a pessoa, seria substituído com base na implementação desse conceito.
Falcato, neste período em que se discute o Orçamento, aproveitou para questionar o Governo sobre o que vai acontecer, nesta matéria, em 2017.
Esta sua intervenção, assinalou a primeira vez que um deputado com mobilidade reduzida, que se desloca em cadeira de rodas, subiu ao púlpito para discursar.
Talvez para ficar o testemunho de como é muito mais difícil a vida destas pessoas, o momento ficou marcado por um acidente, sublinhe-se, provocado pelo facto de a cadeira de rodas do deputado não estar travada e não por ter havido um erro na construção da plataforma elevatória.
Sexta-feira passada, foi um dia marcante para os cidadãos com deficiência e para os que defendem uma sociedade mais inclusiva e mais justa.
Esperemos que o Orçamento para o próximo ano contemple as expectativas que estão criadas.
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