Parece-me óbvio o motivo pelo qual, mesmo no verão, na Figueira é sempre carnaval.
É tão simples e linear como isto: na realidade, não avançámos, não atravessámos a linha que nos separa definitivamente da vergonha do que já fizemos.
A liberdade de expressão, por exemplo, está por concretizar.
Quem manda na Figueira julga-se dono de uma moral castradora e acusatória, que leva a condenar publicamente, por vezes, com insulto e ameaça, quem exprime pensamento que não lhe caia no goto.
O direito a dizer o que se pensa, é tolerado, mas muito mal amado.
Incapaz de distinguir o trigo do joio, quem de direito, só olha de raspão e ouve por alto, quem não é yes-man.
A Figueira está a reduzir-se ao carnaval.
E é à sombra da ignorância e do medo que o verdadeiro perigo fermenta...
E de um modo tão silencioso e ordeiro que nem se dá por ele.
Nota de rodapé.
* O título desta postagem é da autoria de Francisco Neves.
Foi sacado a um comentário feito a um texto que foi publicado por Bruno Gomes, no Figueira na Hora.
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