quarta-feira, 13 de abril de 2016

O caso da A14: ainda bem que existe o factor sorte... (III)

Cá temos mais uma bela crónica publicada nas BEIRAS, assinada pelo eng. Daniel Santos -  e esta, sem dúvida, de uma oportunidade e utilidade ímpares.
Todas as quarta-feiras precisamos de lá ir, pois o que escreve o eng. Daniel Santos é verdadeiro serviço público...
A porta está aberta e acessível e não é preciso moedinha... 
É utilizar....  

"O troço da autoestrada A14 que liga a Figueira a Montemor entrou em serviço em 1994 e a ligação a Coimbra foi concluída em 2002.
Os autarcas dos três concelhos (Figueira, Montemor e Coimbra) reagiram ao excessivo valor das portagens (uns mais, outros menos), embora sem qualquer consequência.
A A14 surgiu em substituição do previsto troço do IP3, com muitos anos de atraso, para aliviar a EN 111, a rebentar pelas costuras. E sem alternativa ferroviária que se veja, ainda hoje.
Pode compreender-se que, a propósito do colapso da tubagem do rio Foja, confessadamente já antecipado pela concessionária, se tenha permitido aos cidadãos que corressem os riscos que correram?
E que, numa situação grave, não se disponha de alternativa que assegure este serviço público a que o Estado está obrigado?
Sem recurso a estradas municipais concebidas para outro tipo de tráfego que irão aliás reflectir no futuro necessidades antecipadas de conservação.
“A concessionária está obrigada, salvo caso de força maior devidamente verificado, a assegurar permanentemente, em boas condições de segurança e comodidade, a circulação nas autoestradas, sujeitas ou não ao regime de portagem”, rezam as obrigações da concessão.
Esta forma de tratar este serviço público está a ter graves consequências para os cidadãos e, se não houver atitude firme, vai ter consequências no próximo orçamento municipal.
Já anunciadas."

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