sexta-feira, 11 de março de 2016

Cantiga do Ódio

Carlos Oliveira
O amor de guardar ódios 
agrada ao meu coração, 
se o ódio guardar o amor 
de servir a servidão. 
Há-de sentir o meu ódio 
quem o meu ódio mereça: 
ó vida, cega-me os olhos 
se não cumprir a promessa. 
E venha a morte depois 
fria como a luz dos astros: 
que nos importa morrer 
se não morrermos de rastros? 

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