domingo, 28 de fevereiro de 2016

O folclore do Partido da Catarina

Preconceito é uma palavra com conotação negativa.
O que é natural. O preconceito prevalece sobre a mente e a razão. Quando uma pessoa pensa e decide com base no preconceito, a probabilidade de pensar e actuar mal aumenta.
O preconceito alimenta a polémica e prevalece sobre a ciência e sobre as evidências da vida.
Escrito isto, fica aquilo que, a meu ver, é uma postagem lúcida e oportuna e que foca AS conquistas do BE. Passo a citar o Jumento.

“Até aqui tudo o que de bom a esquerda considerava ter sido o resultado dos seus contributos políticos eram conquistas de Abril, a partir de agora deixam de ser conquistas de Abril para passarem a ser as conquistas do Bloco. O BE considera que o OE não é o dele mas que as boas medidas estão lá porque o BE o exigiu, na prática o PS continua a ser o partido da direita pois tudo o que cheire a esquerda deve-se ao BE.
Ainda não sabemos que medidas poderão ser incluídas no OE durante o debate na especialidade mas uma coisa é certa, tudo o que de mau lá continue ou seja acrescentado é da responsabilidade do PS, tudo o que de bom se mantenha ou seja incluído é obra dos deputados do BE. 
Pelo menos até que alguma coisa corra mal o BE vai continuar em campanha eleitoral permanente e até o regresso do bom tempo vamos ter que ficar a dever à Catarina Martins. O país está a levar com doses de cavalo de propaganda bloquista, o parlamento aprova de manhã e o BE, desrespeitando os seus parceiros de maioria parlamentar faz a sua propaganda à tarde, chamando a si a autoria de tudo o que possa trazer votos.
A excitação é tanta que até já lhes deu para usar decisões parlamentares para lançar as suas guerrinhas contra a Igreja, usando os seus símbolos e fazendo um grande favor ao PSD e à direita transformando-os em objecto de chacota. Durante meses vamos ter de aturar a Cristas e o Passos a usar um cartaz desenhado por um qualquer idiota do BE.
Para o BE não é o futuro do país nem os direitos dos portugueses que estão em causa, se ajudar a direita a derrubar este governo e conseguir mais 2% de votos farão uma festa, pouco se preocupando se nos quatro anos seguintes os trabalhadores perderem direitos ou sofrerem perdas brutais de rendimentos. No fim da legislatura a Catarina cá estará para anunciar a queda do Pedro.”

3 comentários:

  1. Vamos então assumir de vez que não vivemos num estado laico. Que não temos o direito de apontar o dedo aos muçulmanos que se zangam quando se fazem caricaturas do Maomé, porque somos exactamente como eles: brincar? Só com as crenças dos outros.
    E que algumas élites ditas laicas e republicanas também pensam que se pode fazer isto mas não aquilo, que se pode falar disto mas não daquilo, que se pode brincar com isto mas não com aquilo, que se pode tocar nisto mas não aquilo. Uma infantilização de um povo que até me parece mais à frente que tais iluminárias.
    O país do 'respeitinho' no seu melhor, em suma, sendo que o 'respeitinho' afinal parece servir a tantos laicos e republicanos.Disso já temos em demasia, no actual espectro político-partidário.
    Conclusão: constata-se que para muitos Cristo foi bem crucificado: ele não deveria ter provocado os poderes vigentes.
    Acho que tudo isto é a espuma dos dias, muitas coisas virão, que remeterão este episódio ao seu lugar.

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  2. A Arte de Furtar28 fevereiro, 2016 19:28

    É isto, sim.
    Sem tirar, nem pôr.
    Estava com esperança que as reacções do BE às muitas reacções negativas mas construtivas feitas por tantas pessoas que estimam o partido fossem tidas em linha de conta. Em vão. Fuga para a frente. Uma pena.
    Mais uma frente em que fica registada a minha desistência…
    E todos foram Charlie!

    E assim se desviaram as atenções dos despedimentos no Novo Banco.

    “O seu pai era duas pessoas -
    Um velho chamado José, que era carpinteiro,
    E que não era pai dele;
    E o outro pai era uma pomba estúpida,
    A única pomba feia do mundo
    Porque não era do mundo nem era pomba.”
    [Alberto Caeiro, in O Guardador de Rebanhos]

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  3. Sou agnostico ateista pelo que o Cartaz do Bloco não me ofende e não me causa impressão. Todavia surpreende-me alguns comentários que tenho visto inseridos na Comunicação social como o Movimento Episcopal e outros Movimentos afins. Afinal de que se queixam os eclesiásticos e os seus seguidores? Qual foi a posição da igreja quando o Governo de Pedro Passos Coelho decidiu retirar à Igreja dois feriados religiosos, Corpo de Deus e Dia de Todos os Santos?
    Isto não é insulto? Meus senhores deixem-se de oportunismos bacocos e façam aquilo que deve ser o principal papel da Igreja defender os pobres, tentem suavizar-lhes a vida, matem-lhes a fome e apliquem de forma justa a riqueza que têm.

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