Um grupo de moradoras do Bairro Social de Brenha esteve ontem na reunião de Câmara a manifestar os seus temores pela alegada «insegurança», que sentem no local onde habitam. «Tenho medo de sair à rua, alguém tem de fazer alguma coisa», dizia uma das senhoras, falando nas «ameaças» de que tem sido alvo e dos «seis pneus cortados à navalhada», nas duas viaturas da sua família. «Há vandalismo, ninguém cuida de nada e toda a gente estraga», afirmou.
Quem viveu em ditadura, sabe que o medo, em democracia, combate-se falando alto e bom som, coisa que não se podia fazer durante a ditadura, com imprensa silenciada.
Mas o medo existe também em democracia.
Por exemplo, além doutros medos, existe o medo de «perder o emprego». Tal acontece porque talvez o emprego tenha sido oferecido em troca de silêncio (regra de ouro do sistema «job for the boys»)...
O medo é um dos inimigos da democracia; deve combater-se com coragem e dignidade.
Se têm medo, falem, como fez este grupo de moradoras do Bairro Social de Brenha.
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