terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Falar do medo...

Parece que, a avaliar pelo relato do Diário de Coimbra, há gente «com medo no Bairro Social de Brenha».
Um grupo de moradoras do Bairro Social de Brenha esteve ontem na reunião de Câmara a manifestar os seus temores pela alegada «insegurança», que sentem no local onde habitam. «Tenho medo de sair à rua, alguém tem de fazer alguma coisa», dizia uma das senhoras, falando nas «ameaças» de que tem sido alvo e dos «seis pneus cortados à navalhada», nas duas viaturas da sua família. «Há vandalismo, ninguém cuida de nada e toda a gente estraga», afirmou.
Quem viveu em ditadura, sabe que o medo, em democracia, combate-se falando alto e bom som, coisa que não se podia fazer durante a ditadura, com imprensa silenciada. 
Mas o medo existe também em democracia.
Por exemplo, além doutros medos, existe o  medo de «perder o emprego». Tal acontece porque  talvez  o emprego tenha sido oferecido em troca de silêncio (regra de ouro do sistema «job for the boys»)... 
O medo é um dos inimigos da democracia; deve combater-se com coragem e dignidade.  
Se têm medo, falem, como fez este grupo de moradoras do Bairro Social de Brenha.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Neste blogue todos podem comentar...
Se possível, argumente e pense. Não se limite a mandar bocas.
O OUTRA MARGEM existe para o servir caro leitor.
No entanto, como há quem aqui venha apenas para tentar criar confusão, os comentários estão sujeitos a moderação, o que não significa estarem sujeitos à concordância do autor deste OUTRA MARGEM.
Obrigado pela sua colaboração.