As crianças não pensam na felicidade, não se preocupam com a felicidade, não têm angústias existenciais por causa da felicidade ou da infelicidade. O que as crianças querem é chocolates, brinquedos, jogar ou serem protegidas pelos pais. A felicidade é por isso uma abstracção que lhes passa completamente ao lado, pois a sua vida enquanto crianças, sendo ou não felizes, passa completamente ao lado do problema da quantificação da felicidade ou do sentido da felicidade.
É o que deve passar com a generalidade das pessoas em relação à liberdade política, a liberdade de poder exprimir publicamente ideias ou de eleger os seus representantes políticos.
A maior parte das pessoas que conheço, não notariam a falta dela, nem lutariam (como não lutaram...) se a liberdade não existisse.
É lógico e faz sentido. Só se preocupa com a livre expressão de ideias quem tem ideias para exprimir.
Como sabemos, a maioria o povo não tem ideias e nem se preocupa com isso.
A maioria do povo preocupa-se com a vida material e a segurança.
Quem sempre lutou e gosta da liberdade é uma minoria minimamente culta que gosta de exprimir ideias e de ter acesso às ideias dos outros.
Quem, antes do 25 de Abril, em Portugal, se preocupava com a liberdade e a democracia, e se dispôs a lutar por elas?
Quando, no 25 de Abril, o povo veio festejar para a rua, não foi por causa da liberdade, mas porque esperava viver melhor e ter melhores condições de vida.
O povo quer trabalho, dinheiro, saúde, família, diversão e, sobretudo, não se chatear muito. Quer é futebol e carnaval. Haja quem pague. A liberdade, é um luxo dispensável e que não preocupa a maioria do povo.
Quem ama a liberdade pode viver na ilusão que é a liberdade que guia a maioria do povo.
Desiludam-se: a maioria do povo está-se maribando para a liberdade e para a dignidade.
Quando vota, se tiver que escolher entre o pão e a liberdade, entre o dinheiro, o bem-estar e a liberdade de expressão política e ideológica, o povo escolhe o pão, o dinheiro e o bem-estar.
O povo não vota pela liberdade. O povo vota em quem conseguir vender-lhe a esperança enganadora e mentirosa de lhe pagar mais.
É com passas e bolos que se enganam os tolos...
E em Portugal, hoje não é só o dia dos namorados, é também o dia das mentiras.
EMBORA COM PÉZINHOS DE LÃ, SCHÄUBLE E O EUROGRUPO ESTÃO A FAZER-NOS O MESMO QUE FIZERAM À GRÉCIA...
ResponderEliminarA DIREITA, SEM VERGONHA, IGNORA TODO O MAL QUE FEZ AO PAÍS.
Texto da jornalista Ana Sá Lopes:
“A Comissão Europeia foi dura (a exigência do défice de 2,2% é uma enormidade), mas não tanto como, se calhar, a “quinta coluna” caseira dos bons alunos de Bruxelas desejava, todos aqueles para quem o melhor dos cenários teria sido ver o Orçamento chumbado. (Paulo Portas, que não é parvo, veio ontem distanciar-se habilmente do coro das velhas em prol de uma maior dureza da Comissão.)
O Orçamento não foi chumbado
É uma vitória de Costa e da geringonça, à custa de várias cedências duras, nomeadamente aquela que obriga a repor a taxa social única nos rendimentos até 600 euros. Acabou a austeridade? Claro que não. As regras da Europa não permitem acabar com a austeridade e Portugal não está preparado para romper com a Europa – é este o círculo diabólico que torna quase miraculoso que tenha sido possível um alívio nos impostos sobre os rendimentos do trabalho e que seja possível avançar com meia dúzia de medidas de esquerda. Sim, o governo diz qualquer coisa de esquerda.
08/02/2016 - Ana Sá Lopes – Editorial jornal i
"Portugal estava no bom caminho. Mas ainda não está suficientemente bem para resistir", diz ministro alemão SCHÄUBLE.
Era bom este Sr e os mer… que nos desgovernaram tivessem memória de uma recente entrevista, ao Público, de um senhor chamado Philippe Legrain, que foi conselheiro de Durão Barroso, em que afirmava textualmente e frontalmente que: ”O Resgate de Portugal foi para salvar banca alemã.”
E continuo a citar: “O economista britânico Philippe Legrain diz, numa entrevista ao Público, que o sector bancário dominou os governos dos países e as instituições da zona euro e, por isso, quando eclodiu a crise, só se preocuparam em salvar os bancos. O conselheiro económico de Durão Barroso entre 2011 e fevereiro deste ano defende a reestruturação dos bancos e o perdão da dívida portuguesa. E considera “uma anedota” a actuação dos representantes da Comissão Europeia na crise.”
E também era bom que todos lessem e se informassem sobre os escândalos financeiros, devidamente encapotados, nas Caixas de Crédito Agrícolas alemãs.
E no meio disto tudo temos o aldrabão “socialista” holandês Jeroen Dijsselbloem , presidente do Eurogrupo, que também “fez” o Mestrado na Lusófona…. (leiam a sua biografia).
CHIÇA, que estas gajos dão mesmo GALO!