“Estamos a viver uma entrada no
inverno bastante fora dos padrões. Um mês de novembro solarengo e
sem chuva. Em dezembro, praticamente ainda não choveu e as
temperaturas nocturnas são primaveris, acima dos 10 graus. Nos
últimos anos, têm sido assim, atípicos. Segundo os cientistas, a
primavera promete ser muito menos chuvosa, com uma quebra de 36% na
precipitação, na zona da Figueira da Foz, até 2100. Em
compensação, estima-se um ligeiro aumento da chuva no inverno -
cerca de 7%. O problema reside na intensidade das “chuvadas”,
curtas e fortes, com caudais súbitos a encherem o sistema de
drenagem pluvial. Numa cidade já vulnerável a cheias em “dias de
maré alta”, os problemas serão mais intensos. As alterações
climáticas vão reduzir o número de dias com geada, um registo
positivo para os agricultores. O número de dias acima dos 35o C de
temperatura máxima vai subir também na Figueira, mais 12 por ano.
Contudo, há zonas do país que vão sofrer muito mais: espera-se que
o número de dias muito quentes seja de 40 a 60 em Castelo Branco,
Évora, Bragança, Tomar e em quase todas as localidades do interior
e sul. Os cientistas da Universidade de Lisboa não realizaram
cenários locais sobre a subida do nível do mar. Contudo,
provavelmente, o aumento será, no mínimo de 26 centímetros, até
2100. As implicações de todas estas mudanças climáticas são
imprevisíveis. O mínimo que podemos fazer é mitigar e adaptar o
concelho ao «novo clima».”
Em tempo.
Esta crónica do eng. João Vaz, ontem publicada no jornal AS BEIRAS, faz-nos recordar que vivemos numa zona, onde se vai fazer sentir ainda mais a subida do nível médio do mar e o consequente aumento da erosão costeira.Todos os Alertas são sempre poucos...
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