Assis, pode dizer tudo o que quiser: o seu paleio nunca me inspirou qualquer confiança...
Quinze anos depois, deixo a memória de Francisco Assis, numa entrevista concedida a Ana Sá Lopes e São José Almeida, a 25 de Março de 2001.
«Há dez por cento da esquerda que tem representação ao nível parlamentar mas não têm representação a nível da governabilidade. Isso introduz assimetrias no sistema político e prejudica a esquerda. E basta haver uma aliança à direita para percebermos exactamente as consequências negativas para uma política que se situe à esquerda. Depois da queda do Muro, da desintegração da União Soviética, da falência do modelo marxista-leninista, acho que o PCP, não querendo mudar intrinsecamente, já mudou a sua posição na sociedade. Assim, devemos ter com os comunistas uma relação que é esta: eles são como são, têm as posições que têm e ainda a identidade que têm, evoluirão como evoluirão, não está ao nosso alcance determinar a maneira como vão evoluir. Agora o que penso é que deve haver um diálogo duro, sério, muitas vezes difícil. Como fazemos às vezes aqui na Assembleia da República e, por isso, já garantimos a aprovação de algumas coisas. (...) Se está demonstrado que ainda não é possível um entendimento geral de incidência governativa com este PCP a verdade é que já é possível estabelecer alguns acordos com vantagens. (...) Se não corremos o risco de, daqui a alguns anos, continuarmos a dizer que não há condições para uma coligação e a direita estará reorganizada.»
Um amigo enviou-me uma mensagem telemóvel com o seguinte texto:
ResponderEliminar"A coligação PS, BE, PCP é um mero acordo para chegar ao poder", diz Poiares Maduro.
Já a coligação CDS/PSD é um
"Nobre Acordo para A Mui Distinta Gestão Dos Interesses da Pátria, Celebrado Por Pessoas Completa e Totalmente Desinteressadas, Que Sacrificam As Suas Fortunas Pessoais, Famílias e Carreiras Para Servir Portugal."
Gostei!
Partilho!
E com Assis a servir de Mestre de Cerimónias ou Chefe e Protocolo.